Algoritmo prevê se uma pessoa vai morrer em 4 anos, com acerto em 78% das vezes

Modelo de inteligência artificial desenvolvido por pesquisadores dinamarqueses usa a história de vida da pessoa para saber o que vai acontecer

Algoritmo prevê se uma pessoa vai morrer em 4 anos, com acerto em 78% das vezes | Imagem de Freepik
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Cientistas dinamarqueses desenvolveram um algoritmo de inteligência artificial denominado life2vec, capaz de prever eventos relacionados à vida de uma pessoa, inclusive estimando a probabilidade de morte em um período futuro. Publicado na revista Nature Computational Science, o estudo revela que o algoritmo alcançou uma precisão de aproximadamente 78%.

Os pesquisadores alimentaram o modelo com dados abrangentes de mais de seis milhões de indivíduos reais, provenientes de registros dinamarqueses entre 2008 e 2016. Essas informações incluíam dados como renda, profissão, local de residência, histórico de lesões e gravidez. Utilizando técnicas de processamento de linguagem, criaram um vocabulário específico para eventos de vida, permitindo ao life2vec interpretar frases complexas baseadas nos dados, como exemplos que descrevem atividades específicas.

O life2vec mapeia uma ampla gama de fatores que compõem a vida de uma pessoa, permitindo previsões com base em milhões de outras experiências de vida. O algoritmo aprendeu com esses dados, possibilitando prever diversos aspectos da vida, incluindo pensamentos, sentimentos, comportamentos e até mesmo a possibilidade de morte nos próximos anos.

Para prever a mortalidade, os pesquisadores utilizaram dados de um grupo de mais de 2,3 milhões de pessoas entre 35 e 65 anos, considerando a dificuldade em prever a mortalidade nessa faixa etária. O life2vec inferiu a probabilidade de sobrevivência quatro anos após 2016. Avaliando sua precisão, os pesquisadores constataram que o algoritmo acertou 78% das vezes ao responder sobre a mortalidade de um grupo de 100 mil pessoas.

Observou-se que fatores como o sexo masculino aumentavam a probabilidade de morte, enquanto ocupar cargos de gestão ou ter renda elevada muitas vezes estava associado à sobrevivência. Apesar dos avanços, as leis de privacidade dinamarquesas proíbem a utilização do life2vec para tomar decisões individuais, como redigir apólices de seguro ou decisões de contratação. O autor do estudo, Sune Lehmann, destaca a necessidade de mais pesquisas para garantir a privacidade ao compartilhar esses resultados.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Avalie a matéria:
Tópicos
SEÇÕES