Alunos contratam rackers para fraudar prova de concurso

Fraude foi descoberta e 300 estudantes foram punidos disciplinarmente

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O Centro Educacional Lato Sensu, colégio de classe média alta localizado na Zona Centro-Sul de Manaus, foi notificado pela Comissão de Direitos do Consumidor e Cidadania do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), nesta sexta-feira (7).

A instituição terá de dar explicações sobre uma punição disciplinar aplicada a 300 alunos finalistas do terceiro ano do Ensino Médio, após a diretoria suspeitar que um hacker teria sido contratado por 15 estudantes para ter acesso ao conteúdo da prova bimestral e vender o exame. A suposta fraude não foi registrada na Polícia Civil.

Os alunos foram punidos com a redução das férias escolares de fim de ano. Além disso, eles farão uma nova prova bimestral. A medida aplicada pelo Colégio causou indignação aos pais, que fizeram a denúncia ao MPE e também ao Conselho Tutelar.

Segundo a advogada Isabel Crispino, que é mãe de uma estudante do terceiro ano, o vazamento da prova foi descoberto pela administração do Latu Sensu, depois que uma aluna, que obteve a nota 3 na avaliação anterior e em seguida tirou a nota 9 na última prova, confessou que havia comprado as informações de um hacker, que invadiu o sistema e copiou as respostas da terceira prova bimestral.

"Logo foi descoberto que 15 estudantes se beneficiaram deste esquema. A diretoria puniu a todos do terceiro ano. As aulas, que terminariam em novembro, vão se estender para o final de dezembro. Além disso, todos os alunos farão novamente a prova bimestral, que é uma avaliação muito desgastante", disse ela.

O Lato Sensu obteve o primeiro lugar no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010, com 696,77 pontos e cem por cento de participação dos alunos. Além de ser um dos colégios mais caros de Manaus, é também um dos mais rigorosos.

Para a advogada Cristina, a diretoria do Lato Sensu deveria punir somente os envolvidos na fraude. Na manhã desta sexta-feira, pelo menos 40 pais de alunos estiveram no colégio, mas não foram atendidos pela administração.

As promotoras Sheila Andrade e Cláudia Câmara, foram impedidas de entrar no colégio. "Fomos constrangidas", afirmou. A diretoria do Lato Sensu não quis dar declarações à imprensa, sobre o ocorrido.



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