Análise sugere que papiro com Evangelho de Judas é autêntico

Documento encontrado na década de 1970 contém tinta do século 3 d.C.

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Pesquisadores reunidos nesta segunda-feira (8) na Reunião Nacional da Sociedade Química dos Estados Unidos divulgaram estudo que analisou papeis que conteriam o Evangelho de Judas, o apóstolo considerado traidor de Jesus Cristo, e confirmaram que o documento contém características que sugerem que o texto foi escrito há cerca de 1.700 anos.

Segundo os cientistas, a tinta encontrada nesses papeis foi comparada com tintas de contratos de casamento e terras do Egito produzidos no século 3 d.C.

A comparação foi feita com documentos egípcios que estão atualmente no Museu do Louvre, em Paris.

A descoberta deu aos pesquisadores a confiança para declarar que o documento teria sido produzido em 280 d.C, isentando o papel de possíveis falsificações. O Evangelho de Judas está atualmente no Museu Copta, localizado no Cairo.

Processo de identificação

A partir da análise microscópica e de produtos químicos, os pesquisadores puderam sugerir a autenticidade do documento. Uma das características que mais confirmaria a autenticidade de que o Evangelho foi escrito por Judas é a maneira que a tinta estava no papel.

De acordo com a pesquisa, a partir da análise da impressão da tinta foi possível constatar que ela foi colocada no papel quando ele ainda era novo, ou seja, quando era plano (e não costumeiramente enrolado, como os demais pergaminhos). Além disso, o mesmo papel não havia passado pelo processo natural de envelhecimento quando recebeu os escritos.

Também foi feita a datação do documento pelo processo de radiocarbono, que determina a antiguidade dos compostos orgânicos pela radiação, e a análise do roteiro e do estilo linguístico.

Pedido especial de Cristo a Judas

A peça chamada de Evangelho de Judas está escrita na língua copta, utilizada no Egito Antigo, e apresenta Judas Iscariotes de uma maneira diferente dos demais Evangelhos. O documento foi encontrado na década de 1970 e teria sido elaborado pelos primeiros cristãos.

O texto sugere que Jesus teria pedido ao amigo Judas que o entregasse às autoridades para execução, como parte de um plano para libertar seu espírito de seu corpo. Já nos textos aceitos pela Bíblia, Judas traiu Cristo em troca de 30 moedas de prata.



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