Ao mesmo tempo em que homenageia os modelos dos anos 60, novo Camaro expressa modernidade e atitude

É um modelo com estilo marcante, de excelentes proporções e linhas atemporais; tremendo sucesso

Novo camaro | Divulgação
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ncerramos o ano de 2010 analisando um carro de estilo retrô, o Mini da BMW, e iniciamos 2011 com outro também nostálgico, o Chevrolet Camaro. Apesar de a General Motors ter utilizado a mesma receita do Ford Mustang para gerar o Camaro de 1967 (leia história), ele tem uma personalidade própria. É um modelo com estilo marcante, de excelentes proporções e linhas atemporais. Um tremendo sucesso que fez história e, até hoje, carrega uma legião de fãs no mundo inteiro. Quando olhamos para um Camaro dos anos 60 ainda admiramos, mais de 40 anos depois, seu desenho da mesma maneira que era admirado quando era novo.

Com qualidades como essas, fazer uma reedição desse clássico parecia ser coisa fácil, mas não é tão simples. A essa altura do campeonato, produzir um novo modelo de estilo retrô já não obtém o impacto da novidade. Na mesma linha dos chamados carros musculosos (muscle cars), a Ford havia saído na frente com o Mustang de 2005 e a Chrysler veio atrás com o Dodge Challenger. Assim, a GM precisou fazer algo digno de nota ? caso contrário, seria um desastre a tentativa de ressuscitar o Camaro e, em um carro tão importante como esse, seria questão de honra não cometer erros.

Os modelos retrô não são meras cópias de seus modelos de origem: eles possuem formas e detalhes que apenas lembram os originais, mas, se colocarmos lado a lado o modelo antigo e o novo, veremos claramente o quanto são diferentes. Nos casos dos três novos carros musculosos norte-americanos, nota-se que o departamento de estilo da Chrysler foi um tanto conservador no desenho do Challenger, no sentido de ter mantido muitas das características do desenho original no novo modelo, enquanto o Ford não lembra um só modelo de Mustang, mas vários, em um compromisso de lembrar o antigo, mas com um desenho moderno.

A GM escolheu um terceiro caminho: mesmo lembrando o modelo original, assim como seus dois concorrentes, fez um Camaro com a aparência mais moderna entre os três, em um lance de arrojo que, se fosse um pouco mais além, poderia até ter perdido a identidade para a qual estava destinado. À época do lançamento da versão de conceito, em 2006, isso causou discussão entre alguns fãs do modelo, que achavam que o estilo tinha de ser mais conservador, e os que haviam gostado do resultado.

Mas isso tudo é passado: a GM acertou e chegou a um desenho digno de toda a herança que o nome Camaro carrega. Aliás, do modelo conceitual até o definitivo de produção não houve mudanças significativas no estilo, fato que não é normal dentro da indústria ? e que mostra como o departamento de estilo foi direto ao assunto, mesmo com o risco de desapontar os fãs mais conservadores.

O novo Camaro é como tem de ser: baixo, largo, com cara de mau, colunas largas e perfil bem baixo das janelas ? fatores que comprometem a visibilidade em nome da aparência ?, duas portas, rodas grandes, tração traseira e um potente motor V8.

Suas ótimas proporções são um dos itens mais importantes conservados da versão original para manter a identidade como um legítimo Camaro. As rodas dianteiras estão posicionadas bem à frente, o capô é longo, o teto baixo e a traseira curta. Essas proporções somam-se à baixa altura do carro em relação ao solo e às rodas grandes e largas.

Destaque para a atitude do Camaro. Tudo nele transmite a sensação de carro musculoso: bem plantado ao chão, com apelo jovial, visual intimidador e "músculos" no capô e nas laterais que lhe conferem uma personalidade marcante. Um carro que se destaca, não importando onde estiver ou quais modelos estiverem por perto.

Um detalhe curioso, e que era comum em muitos modelos da época do Camaro original, é a lateral com formas que na época foram apelidadas de garrafa de Coca-Cola, pois lembravam suas formas, termo usado até hoje. Embora o novo Camaro tenha desenho mais moderno quando comparado com seus rivais Ford e Dodge, foi mantida essa característica na lateral, bem marcante da época. Essa opção não diminui a modernidade do desenho. Pelo contrário: cria um contraponto muito interessante.

Vamos torcer para que o Camaro tenha vida longa novamente. Há muita falta de modelos cupês e esportivos no mercado nacional e, mesmo que o novo Chevrolet seja um modelo de pouco acesso aos brasileiros, por seu preço de quase R$ 200 mil, será ótimo se servir de inspiração para lançamentos de mais modelos desse tipo no Brasil. A Kia provavelmente será a primeira no segmento de carros médios, trazendo o Cerato Koup. Que a moda pegue!



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