Apenas um sobrevivente do massacre em Realengo continua em estado grave

Ele respirando com ajuda de aparelhos e no pós-operatório de uma neurocirurgia

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A Sesdec (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil) do Rio divulgou nota no final da tarde desta terça-feira (12) na qual informa que, de seis alunos internados em função do massacre na escola Tasso da Silveira, zona oeste da cidade, apenas um segue em estado grave. Até hoje de manhã, eram dois pacientes nesse estado.

Segundo a Sesdec, permanece em estado grave L.V.S.F., 13, que está sedado, respirando com ajuda de aparelhos e no pós-operatório de uma neurocirurgia. Ele está no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) pediátrico do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes.

Até de manhã em estado grave, E.C.A.A., 14, agora está em estado regular, respira sem ajuda de aparelhos e está lúcido. O adolescente D.D.V., 12, continua evoluindo bem, mas ainda sem previsão de alta --ele e E.C.A.A. estão ainda no CTI do hospital Estadual Albert Schweitzer.

Ainda conforme o boletim da secretaria, J.O.S., 14, passa bem, está lúcido e orientado, e no CTI pediátrico do hospital Estadual Alberto Torres. A adolescente T.T.M., 13, está estável, lúcida e orientada, no CTI pediátrico do hospital Estadual Adão Pereira Nunes. E L.G.C., de 13 anos, está estável, consciente e continua evoluindo bem, em leito de enfermaria do hospital Universitário Pedro Ernesto.

Laudo do atirador

Também nesta tarde, o IML (Instituto Médico Legal) do Rio de Janeiro divulgou nota conforme a qual o laudo cadavérico de Wellington Menezes de Oliveira, 23, conclui que o atirador cometeu suicídio. Pela nota, os ferimentos penetrantes e transfixantes que levaram à morte do atirador foram provocados por ?ação perfuro contundente de projétil de arma de fogo (PAF) no crânio (têmpora direita) e abdômen com lesão de encéfalo, fígado e rim direito. Uma das características que indicam que houve suicídio foi o tiro encostado na têmpora, mas o confronto balístico ainda será finalizado?, diz a nota.

Entenda o caso

Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes.

Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orienta como quer ser enterrado e deixa sua casa para associação de proteção de animais.

O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.

Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.

Na sexta (8), 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. Já no sábado pela manhã, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio.



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