Após análise, médico libera Ricardo Gomes para ver clássico

Há pouco mais de três meses, treinador deixava o Engenhão de ambulância para iniciar uma dura luta

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Dia 28 de agosto. Última rodada do primeiro turno. O Flamengo lutava pela liderança enquanto o Vasco havia iniciado a rodada na quarta colocação. Havia muita expectativa pelo clássico. No entanto, no decorrer do segundo tempo, Ricardo Gomes deixou o campo de ambulância, e a bola ficou em segundo plano. O treinador sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e ficou 21 dias internado em um hospital do Rio de Janeiro. Chegou a correr risco de morte, mas se recuperou e recebeu alta no dia 18 de setembro.

Pouco mais de três meses depois do susto, Vasco e Flamengo voltam a se enfrentar, no mesmo estádio e em condições ainda mais emocionantes para a torcida vascaína, que pode comemorar o pentacampeonato nacional. E alguém muito especial estará nesta corrente cruz-maltina pelo caneco. Avançando a cada dia no processo de recuperação, Ricardo Gomes está liberado para ir torcer de perto pelo time. O aval foi dado mais uma vez nesta semana.

- Ele esteve sorridente e falante no meu consultório. Está autorizado há três semanas para ir ao estádio assistir a qualquer jogo. A opção é dele. E isso é algo muito surpreendente. A doença que ele teve põe em risco a vida de qualquer um. No primeiro momento a preocupação era saber se ele iria sobreviver. Foram momentos de muita tensão. Mas graças a Deus ele foi operado rapidamente e teve essa recuperação maravilhosa - afirmou o doutor Fábio Miranda, clínico particular de Ricardo Gomes.

Fábio Miranda, que acompanhou diariamente a evolução de Ricardo, relembra os momentos difíceis no hospital. Durante a primeira semana, a maior preocupação era saber se o técnico iria sobreviver. Sequelas de movimentação e fala só foram virar pauta entre os médicos bem depois. Hoje em dia, o doutor abre o sorriso para reconhecer que a recuperação foi muito mais satisfatória do que qualquer um na equipe médica esperava.

- Quando cheguei e vi a tomografia e aquele alvoroço todo no hospital, mandei prepararem a sala de imediato. Depois foi só usar tudo que aprendemos ao longo da vida e torcer por uma boa cirurgia - afirmou o médico.

A velocidade a que Ricardo Gomes foi submetido ao processo cirúrgico foi determinante. E até antes de entrar na sala de cirurgia o treinador teve sorte. O neurocirurgião José Antônio Guasti estava a caminho do Hospital Pasteur, para onde Ricardo foi transferido, para dar alta em outro paciente. Ele resolveu sair de casa no intervalo do clássico para poder evitar o trânsito no retorno. No meio do caminho, recebeu a ligação informando a situação de Ricardo Gomes e, de imediato, já convocou o restante da equipe.

- Nos dá uma sensação muito boa, de vitória mesmo. Ele apresentava um grande risco de vida, e estar onde está hoje, depois de percorrer uma estrada tão crítica, me deixa com paz interior. Isso não tem preço. Até falei que, se não fosse uma decisão repleta de emoção, ele poderia ir ao centro do gramado, mas como a tensão é grande, é melhor deixá-lo mais tranquilo, apenas assistindo e torcendo muito - disse.



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