Após falta de energia, audiência de Thor Batista termina à luz de velas em fórum

Defesa do jovem alega “prova inesperada” para tentar anular audiência.

Thor e Luma de Oliveira em frente ao Tribunal de Caxias | G1
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Após falta de energia, a audiência de Thor Batista terminou, por volta das 17h desta quinta-feira (13), à luz de velas no Fórum de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Thor, filho do empresário Eike Batista, responde por ter atropelado e matado o ciclista Wanderson Pereira dos Santos em março de 2012.

A defesa de Thor informou que vai pedir cancelamento da audiência realizada na 2ª Vara Criminal devido à "prova inesperada" anexada aos autos nesta tarde. Mais cedo, depois da juíza Daniela Barbosa de Souza Assumpção ouvir o perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) Helio Martins Junior, os advogados de defesa pediram duas horas para estudar essa chamada "prova inesperada", como eles classificaram o laudo que conclui que Thor dirigia a 135 km/h no momento do atropelamento.

"Foi um documento novo, o laudo pericial oficial, que o MP tinha acesso há muito tempo, mas nao constava nos autos. Já tínhamos pedido cálculo da velocidade. A defesa foi cerceada. Nunca vi um documento ser apresentado no dia da audiência", disse Celso Vilardi, advogado de Thor Batista.

Orientado pela defesa, Thor permaneceu calado durante toda a audiência. "Ele [Thor] ficou em silêncio porque não concordávamos com este documento anexado somente hoje", explicou Vilardi, que tem 10 dias para fazer as apresentações finais.

A sentença está prevista para sair em fevereiro de 2013. A juíza Daniela Assumpção não quis se pronunciar e não aceitou o pedido de adiamento da audiência, feito pela defesa de Thor.

Sessão interrompida

O perito saiu da sala de audiência as 14h05 e disse que foi apenas ouvido sobre a questão da velocidade em que Thor dirigia no momento do acidente. "O meu trabalho mostrou que o motorista (Thor) estava a 135 km/h", disse o perito aos jornalistas.

A velocidade máxima permitida na Rodovia Washington Luiz é de 110 km/h.

Logo em seguida, Thor saiu acompanhado da mãe, a empresária Luma de Oliveira, e seguranças, em direção a uma sala reservada, para evitar tumulto.

O filho do empresário perdeu o direito de dirigir depois que atropelou e matou o ciclista na BR-040. Ele foi denunciado à Justiça por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O advogado de Thor pode tentar novamente reaver a carteira de habilitação de seu cliente durante a sessão desta quinta-feira.

Entre 2010 e 2011, Thor cometeu 11 infrações de trânsito, sendo nove delas por excesso de velocidade. Segundo os advogados dele, no início de outubro de 2012 Thor havia conseguido o direito de dirigir depois que a defesa entrou com um mandado de segurança para dar efeito suspensivo à liminar. Mas, no dia 25 de outubro, o estudante voltou a ficar proibido de dirigir depois que a Justiça negou a liberação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

O estudante teve o direito de dirigir suspenso a pedido do Ministério Público. Um exame pericial concluiu que o carro de Thor estava a 135 km/h. Os advogados do jovem, Marcio Thomas Bastos e Celso Vilardi, afirmaram que a acusação é um equívoco e que comprovarão a inocência do jovem.

Primeira audiência

No dia 12 de setembro, ocorreu a primeira audiência do caso. Na ocasião, testemunhas de acusação e defesa deram depoimentos contraditórios em relação à velocidade em que o estudante Thor dirigia no momento do acidente.



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