Após ser vítima de racismo, criança 'pede' desculpas à agressores

A aluna foi obrigada a mudar de sala por conta do preconceito

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Uma mulher identificada apenas como Camila se surpreendeu com o caso inusitado envolvendo a filha Lorena, de 12 anos, na escola que estuda. Segundo ela, certo dia recebeu uma ligação da escola afirmando que sua filha deveria ser transferia de sala porque os colegas não tinham se adaptado a ela. A ligação surpreendente trouxe em foco mais um drama do racismo, já que Lorena é negra e esse seria o motivo pela “não-adaptação”.

De acordo com Camila, semanas antes das ligações a criança vivia calada, sozinha, distante. Mas após a polêmica a criança confessou que estava sendo descriminada na escola por ser negra. Após ser alvo de insultos e preconceitos, Lorena decidiu ir até a diretora afirmar quem estava por trás de tudo, o que só piorou a situação porque a pequena além de ser alvo de bullyng também era chamado de ‘dedo dura’. Em meio a tanta confusão a menina foi transferida de sala.

A mãe, revoltada com toda a situação, desabafou na sua rede social. "No espaço da escola, seus “colegas” começaram a questionar sobre o ocorrido, e como ela pode ter os dedurado, iniciando uma gritaria contra a criança, que correu para os braços da diretora do colégio. A diretora, que “já está de saco cheio dessa história” (palavras da própria), resolveu fazer uma acareação. O resultado? Lorena teve que pedir desculpas para seus agressores".

“SUA PRETA, TESTA DE BATE BIFE DO CARA******!”


“EU SOU RACISTA MESMO, QUANDO EU QUERO SER RACISTA EU SOU RACISTA, ENTENDEU?”


“TODA VEZ QUE EU ENCONTRAR ELA NA MINHA FRENTE EU VOU ZUAR ATÉ ELA CHORAR”


“VOCÊ VAI FICAR NESTE GRUPO ATÉ VOCÊ CHORAR”


“CABELO DE MOVEDIÇA, CABELO DE MIOJO, CABELO DE MACARRÃO”

O desabafo acabou sendo compartilhado por mais de 70 mil pessoas que se sentiram revoltadas com a situação. “Entrei em choque, diante de tantas agressões psicológicas, tamanha inconsequência dessa juventude que ainda nos dias de hoje se comporta de maneira tão cruel, não posso essa situação como “coisa de criança”, racismo nunca foi coisa de criança”, disse.

O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar por envolver menores. Entretanto, na escola, não houve nenhum tipo de punição aos agressores, nem tentativa de abordar a agressão entre os alunos.



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