Após soco, homem revê secretário em nova operação no RJ: “Faria de novo”

Agressor foi atrás do secretário em outra operação da Seop nesta quarta.

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Eduardo Fauzi, o homem que agrediu o secretário Alex Costa durante desapropriação de um estacionamento irregular nesta terça-feira (5) no Centro do Rio, voltou a encontrar o titular da Ordem Pública em outra operação da Prefeitura no fim da manhã desta quarta (6). O agressor, que estava com a mesma roupa do momento da agressão e disse não ter tido tempo de ir para casa e de tomar banho após ser levado para a 4ª DP (Praça da República), foi atrás de Alex Costa durante o fechamento de outro estacionamento irregular, na Rua Sacadura Cabral 34, no Centro do Rio.

?Como vai o senhor, tudo bem??, disse Fauzi ao secretário. O homem falou com a imprensa sobre a agressão cometida e disse não ter se arrependido do seu ato. ?Tapa na cara desse animal foi pouco, faria tudo de novo. Não sou covarde de falar pelas costas, eu falo na cara. Esse verme representa os interesses das grandes corporações e não da população. Se depender de mim, ele vai apanhar de novo?, esbravejou o homem, que fez as declarações perto de Costa. ?Eu represento uma categoria de mais de 200 guardadores e quem foi agredido fui eu, vítima de extorsão e perseguição política", disse Eduardo Fauzi.

Os três estacionamentos fechados - sendo dois na terça-feira (5) e um na manhã desta quarta - não tinham alvará de funcionamento. Segundo o secretarário, nenhum deles tem alvará de funcionamento. Além da atividade econômica irregular, os estacionamentos fechados na terça estavam num terreno público que foi invadido. Já o estacionamento fechado nesta quarta, funcionava numa terreno particular, com aproximadamente 200 metros quadrados. No momento da ação, cerca de 30 veículos eram guardados no local.

"Nenhum motorista vai ter o carro rebocado. O problema é a atividade comercial ilegal. O espaço foi fechado. Ninguém mais pode entrar, mas os motoristas poderão tirar seus carros sem problemas", garantiu Alex Costa. O estacionamento ficou sendo vigiado por guardas municipais.

Após declarar que foi vítima de uma tentativa de extorsão por um homem que dizia representar o secretário, Fauzi disse que possui gravações que comprovam a ação. ?Tenho uma gravação, mas não sei o sobrenome de quem me ligou, apenas se identificou como Antônio. Ele cobrava R$ 50 mil para não fechar o estacionamento. Como eu não dei o dinheiro, destruíram a casa e o trabalho de um homem e de outras pessoas. Isso sim é uma covardia", finalizou.

Mais cedo, o secretário tinha retomado a vistoria a estacionamentos irregulares na Zona Portuária e contestado a versão dada por Fauzi, sobre a extorsão: "Não tenho informação sobre nada disso. Existem milhares de canais para que ele possa fazer a denúncia como a Ouvidoria, Ministério Público, Polícia Civil e o serviço 1746. Nenhuma denúncia chegou até a secretaria."

Costa afirmou também que entrou em contato com seu advogado e pretende processar o agressor por danos morais, agressão, injúria e difamação e ameaça. "Vindo de um sujeito como ele, que tem inúmeras passagens pela polícia e que tomou uma atitude como a de ontem (terça, 5), não tem a menor credibilidade. Vou entrar na Justiça contra isso também e vou pedir que ele prove através de nomes, números, horários, datas e documentos de que houve essa tentativa de extorsão", disse o secretário que lamentou que o fato de Fauzi não ter ficado preso.

Costa levou um soco quando se preparava para dar uma entrevista. ?A instituição é que foi agredida. Eu fisicamente fui agredido e estou tomando as minhas medidas pessoais na Justiça?, afirmou Alex Costa.

Após a agressão, Eduardo Fauzi foi imobilizado pelos guardas municipais. Preso em flagrante, foi levado para a delegacia e autuado por lesão corporal. Segundo a polícia, ele já respondeu por crimes de calúnia e difamação, agressão e formação de quadrilha.

Costa, que está há quatro anos no cargo, contou ao Bom Dia Rio ter sofrido outras ameaças. ?Já sofri ameaças, mas tomei as minhas medidas. A gente toca a vida, é o meu trabalho. Isso é normal que aconteça. O fato é que a Prefeitura, a Secretaria de Ordem Pública foi agredida literalmente. Isso a gente não vai admitir, a gente tem que ser firme, isso já passou, a gente precisa virar a página. É um fato ocorrido, temos que tratar e vamos tratar, mas temos que olhar para frente e tomar as medidas administrativas necessárias. Vamos continuar as nossas ações. A Prefeitura não pode admitir esse tipo de prática, nem eu e nem qualquer outro secretário. A gente tem que atuar, olhar pra frente. As ações hoje continuam?, garantiu o secretário, que disse estar ainda mais estimulados a acabar com os estacionamentos irregulares na área portuária.



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