Apreensões de cocaína no Brasil crescem 21% , diz ONU

Cultivo de cocaína na Bolívia aumentou até 112%, mostra documento

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Maior mercado consumidor de cocaína da América do Sul, com 900 mil usuários, o Brasil registrou um crescimento de 21% nas apreensões da droga entre 2007 e 2008, revela o Relatório Mundial sobre Drogas 2010 divulgado nesta quarta-feira (23) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), na sigla em inglês.

Dados de 2008 comparados a 2007, mostram um recorde nas apreensões de cocaína na América do Sul no período: 418 toneladas em 2008 contra 322, em 2007. Países vizinhos registraram aumento de apreensões da ordem de 62% na Bolívia, 96% no Peru e 52% na Argentina. Com 600 mil usuários, o mercado de consumidores argentino é o segundo na América do Sul.

?As apreensões de cocaína na América do Sul atingiram níveis recordes em 2008, totalizando 418 toneladas - incluindo pasta base e refinada - quase um terço a mais do que o total em 2007 (322 toneladas)?, informa o relatório. ?Em termos relativos, aumentos significativos também foram registradas no Peru (onde as apreensões quase duplicaram), na Bolívia (onde as apreensões aumentaram em 62%), na Argentina (51%), no Brasil (21%) e no Equador (12%). Uma exceção à tendência geral de crescimento na América do Sul foi o Chile, que registrou uma diminuição de 12%. As apreensões na Venezuela permaneceram praticamente estáveis?, segue o texto.

Editado anualmente pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o relatório é apenas atualizado com dados recentes de governos e entidades ligadas ao combate ao uso de drogas no mundo, por isso os dados de 2010 não refletem mudanças significativas em relação ao relatório apresentado em junho de 2009.

Os dados relativos ao Brasil, em sua maioria, foram extraídos de levantamento produzido pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), em 2005 - daí o aumento nas apreensões de cocaína (de 2008) aparecer como destaque no relatório 2010.

Em todo o planeta, a estimativa da população que fez uso de drogas ilícitas pelo menos uma vez em 2008 gira em torno de 155 a 250 milhões de pessoas com idade entre 15 e 64 anos. ?Globalmente, consumidores de maconha representam o maior número de usuários de drogas ilícitas. As substâncias do grupo das anfetaminas aparecem em segundo no consumo mundial, seguidas pela cocaína e pelos opiáceos?, diz o documento. Estimativas do Unodc apontam para a existência de algo entre 18 e 38 milhões de usuários problemáticos entre 15 e 64 anos em 2007.

No Brasil, dados de 2005 revelam que o número total de usuários de drogas tratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), excluindo relacionados a álcool e nicotina, bateu na casa dos 850 mil.



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