Banda Escola Yeda Maria Caddah: transformação social no bairro Irmã Dulce

Projeto de música é liderado pelo Professor Vitalino Luz e faz parte do projeto de bandas comunitárias

banda | reprodução
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Este é um projeto onde a música é uma ferramenta de resgate e ressignificação da própria vida de 40 estudantes. A Banda Escola Maria Yeda Caddah, grupo musical do Projeto Banda Escola da Prefeitura de Teresina, executado por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, transforma vidas a partir da arte.

O projeto de banda escolar tem mais de 30 anos 

Criada em 2007 na Escola Municipal Professor Raimundo Nonato Monteiro Santana, no Bairro Irmã Dulce,  zona Sul de Teresina, a banda homenageia a professora Yeda Caddah, pianista e regente de corais. Com uma formação básica de sopros, percussões e alguns instrumentos elétricos, o grupo une o tradicionalismo erudito ao inovador, com arranjos de músicas modernas, por exemplo.

O Professor Vitalino Luz, que atua em projetos de bandas desde 1997, é o líder do projeto. Com uma história intimamente ligada ao projeto de bandas comunitárias, Vitalino teve formação musical na Escola de Música do Centro de Educação Comunitária do Mocambinho. Lá ele foi revelado pelo Maestro Rocha Sousa e passou a multiplicar o conhecimento.

O projeto de banda escola tem mais de 30 anos. Disciplina, foco e determinação são os valores ensinados. E na Banda Escola Maria Yeda Caddah não é diferente. Às terças, quartas, quintas e sextas os estudantes têm um encontro com as melodias, arranjos e instrumentos. 

Foco e determinação são valores ensinados na banda 

Para Vitalino Luz, em 25 anos de sala de aula, o trabalho na Vila Irmã Dulce é o maior desafio profissional. "Já fiz algumas bandas de outras escolas, mas aqui no Yeda Caddah é diferente. É uma transformação na minha vida e na vida deles também. Aqui a gente evita a droga, o assédio. É o poder de transformação através do instrumento. O melhor para mim é ver o aluno que não vai no vício e na prostituição", revela. 

Música revela talentos

Os jovens que interpretam músicas dos Bee Gees, Beatles e tantos outros intérpretes são garotos e garotas com muitos sonhos pela frente. Eles encontram na Banda Maria Yeda Caddah um motivo a mais para sorrir e, quem sabe, seguir uma carreira profissional de músicos e musicistas. 

Eduardo Mendes toca sax alto na escola de música 

Eduardo Mendes, de 15 anos, por exemplo, toca sax alto. Para ele, a música é algo especial. “Esse instrumento é complicado, mas ao decorrer do tempo estou aprendendo cada vez mais com o professor. Sou um dos mais novos do projeto e acredito que posso melhorar cada vez mais. Sou fã do Luiz Gonzaga”, revela.

Virna Evelyn, de 20 anos, afirma que gosta do Rei Roberto Carlos. “Estou muito feliz de participar do projeto. Está me tirando de casa, das redes sociais. Eu estou mais próxima da música e da cultura. É um grande aprendizado", considera. 

Projeto traz benefícios para os alunos

Em uma banda de música, ou mesmo em uma orquestra, são muitos instrumentos. Inclusive os de percussão. Maria Luiza, de 15 anos, está por trás desse instrumento estratégico que dá o ritmo à harmonia.

"Tocar bateria tem que ter muito ensaio, pois é difícil. Eu fui aprendendo aos poucos. Gosto do som que esse instrumento faz, pois é mais agitado que os outros. Eu descobri o projeto através de amigos. Estou aqui faz dois meses. Tocar aqui representa uma felicidade enorme para mim", revela.

Família presente

Maria Luiza vai aos ensaios com a mãe, dona Francilene Neves. "Quando ela vem eu me sinto mais segura", avalia a jovem.  "E é importante que a família esteja junto", completa a genitora. 

Famílias acompanham os jovens no projeto

Para Francilene, o projeto é benéfico porque tira jovens da ociosidade. "Aqui no projeto ela está longe do que é fácil nas ruas. Então é um prazer ver ela amante do instrumento. Quando ela vai numa casa de música ela corre na bateria. Então nós, pais, temos que apoiar eles nesse momento. Só tenho a agradecer ao projeto por incentivar o gosto dela”, acrescenta.

A verdade é que a Banda Escola Maria Yeda Caddah escreve a própria história em notas de solfejo das partituras. Entre claves de sol e bemóis, de dó a dó, a melodia é doce e agradável para quem vivencia o projeto, mas também para quem ouve os jovens tocarem.



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