Bando invade Sala São Paulo e furtam quase 2 km de cabos de energia

Para os ladrões, entrar no prédio não foi uma ação fácil

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A Sala São Paulo -- sede da Orquestra Sinfônica do Estado De São Paulo e uma das mais importantes casas de concerto do país -- está enfrentando o problema da violência. Em menos de um mês, ladrões escalaram o prédio três vezes e levaram quase dois quilômetros de cabos de energia.

O prédio na região da luz abriga o Centro Cultural Julio Prestes. Tem café, restaurante e tem uma das dez melhores salas de apresentações do mundo, a Sala São Paulo. Recentemente, o prédio foi atacado três vezes por ladrões. Foram dois furtos em janeiro e o terceiro furto no último dia 15.

Os bandidos furtaram caixas de passagens de cabos, tubos de cobre, e as fitas metálicas do para-raios, que atravessam o telhado. Levaram também 1850 metros de fios.

Para os ladrões, entrar no prédio não foi uma ação fácil. A segurança da Sala São Paulo acredita que os ladrões tenham escalado a árvore, na rua, andaram pelo telhado de barro e chegaram ao teto da estação ferroviária Julio Prestes. Aí passaram por dentro desse outro telhado de plástico e chegaram no alto da Sala São Paulo. São prédios muito altos.

TV Globo/Reprodução 

Os furtos aconteceram a noite. Se fossem durante uma das apresentações, poderia interromper o trabalho dos 110 músicos e deixar toda a plateia, cerca de 1.500 pessoas, no escuro.

Inaugurada em 1999, a Sala São Paulo é a sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e fica no mesmo quarteirão da Cracolândia.

O diretor artístico da Osesp está preocupado que os furtos possam causar um problema mais sério.

“Arranca um cabo pode provocar um acidente, pode provocar um incêndio de pequenas ou de grandes dimensões”, diz Arthur Nestrovski, diretor artístico da Osesp. “Precisa ter segurança e precisa ter condições de civilidade. Eu acho que o problema do entorno da Sala São Paulo é um problema de saúde pública em primeira instância, de segurança, de habitação e urbanismo e acho que é um problema que põe em cheque para todos nós a ideia de cidade que a gente quer ter.”

A Polícia Civil informou que investiga os casos mas ainda não tem suspeitos. A Polícia Militar disse que reforçará o policiamento no local.

Tuca Vieira/Divulgação 



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