Caso Bernardo: o menino tentou ligar para amiga antes de morrer

A caminho de Frederico Westphalen, onde seria morto e enterrado, ele fez último pedido de socorro para Juçara Petry, que o tratava como filho

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O garoto teria morrido por meio de uma injeção letal. | Reprodução/Facebook
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A quebra do sigilo telefônico de Bernardo Boldrini pode comprometer o pai do menino, assassinado pela madrasta há um mês no Rio Grande do Sul. O inquérito policial, ao qual o jornalismo da Band teve acesso, mostra que Bernardo tentou ligar para uma amiga da família antes do crime.

Foi a caminho de Frederico Westphalen, onde seria morto e enterrado, que Bernardo fez o último pedido de socorro, provavelmente já sob efeito de sedativos. O inquérito policial apurou que a última chamada no celular do menino foi uma ligação a cobrar na tarde em que desapareceu. Bernardo tentou falar com Juçara Petry, a Tia Ju, a amiga que cuidava dele como se fosse um filho.

Os investigadores também descobriram que antes de voltar a Três Passos, no norte gaúcho, a madrasta Graciele Ugulini dispensou a babá mais cedo por telefone, para evitar ser vista chegando em casa sem o menino. Naquela noite, de 4 de abril, ela inventou que o garoto tinha ido dormir na casa de um colega, Lucas, que aparece em um vídeo brincando com Bernardo.

Foi na noite do crime que o pai começou a ter atitudes suspeitas. Leandro Boldrini, médico que passava a maior parte do dia trabalhando e longe do filho, ligou quatro vezes para Bernardo naquele final de semana. A Band teve acesso aos horários das chamadas.

Na sexta, a ligação foi às 21h25. No sábado, às 18h30 e, no domingo, mais duas tentativas. Segundo o pai, o celular estava fora de área. Estranhamente, Leandro nunca cogitou ligar para a casa do amigo onde o filho estaria.

Os delegados escrevem no inquérito que está provado que Leandro era um pai omisso, que nunca ligava ou averiguava onde estava o menino. Dizem, ainda, que o médico falou para Lori, uma ex-empregada, e Simone, mãe do amigo Lucas, que Bernardo tinha deixado o celular em casa. Até agora, o aparelho do garoto não foi localizado.

Além do comportamento suspeito, a frieza de Leandro ao saber do assassinato do filho chamou a atenção da polícia. No último depoimento, Leandro tentou se explicar e disse que quando soube que Bernardo estava morto, não reagiu porque estava sob efeito de um medicamento que costuma tomar.

A polícia promete encerrar o inquérito na semana que vem e garante que vai indiciar os três suspeitos, que seguem presos provisoriamente. Edelvânia e Graciele já confessaram e inocentaram o pai, que também diz não ter culpa de nada. Os delegados dão a entender, porém, que mantêm em segredo alguma evidência contundente, uma carta na manga mantida em sigilo que pode incriminar o pai.



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