Bispo Edir Macedo diz que gays também são bem-vindos à Universal

Bispo Macedo não se recusa a orar ou abençoar eventualmente fiéis

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Cerca de duas semanas atrás, em seu programa diário veiculado em rádio, TV e internet, o bispo Edir Macedo causou espanto ao criticar movimentos que levantam bandeira contra os gays.

Em tempos em que pastores e autodenominados "apóstolos" pregam a "cura" de gays, seja pela oração, "conversão" ou "exorcização", as declarações de Macedo causaram furor e críticas no meio evangélico.

"Jesus faria isso se vivesse em nosso tempo? Não creio. Jesus não levantou bandeira alguma contra gays. Ele nunca disse: Olha, vocês [apóstolos] têm de falar contra o homossexualismo porque é proibido. Nada disso", afirmou o líder da Universal.

A Igreja Universal é uma das maiores correntes evangélicas do país, com 2,5 milhões de fiéis declarados ao IBGE. Porém cabe lembrar que mais de 10 milhões de evangélicos --dados de 2010-- não revelam a qual linha evangélica pertencem.

A pregação de Macedo no "Palavra Amiga" rapidamente se espalhou em redes sociais e, especialmente, no mundo religioso. O bispo passou a sofrer críticas e mesmo ataques de outros evangélicos, que o acusaram de defender a homossexualidade. Macedo nega.

Nesta entrevista exclusiva, por e-mail, o líder da Universal afirma que não defende a homossexualidade, mas também não condena os homossexuais, e que sua igreja sempre estará de braços abertos --seja para gays, heterossexuais ou mesmo assexuados.

"Creio que o senhor Jesus deu um excelente exemplo de mensagem para todos os pecadores: Não incriminou ninguém, exceto os RELIGIOSOS HIPÓCRITAS" (nota: maiúsculas do próprio entrevistado).

Na entrevista abaixo, o bispo dá uma nova braçada contra a maré da intolerância que grassa entre pastores-políticos conservadores e outros pregadores menores.

Pela primeira vez, afirma categoricamente que a Igreja Universal acolhe e recebe os gays sem intenção de mudá-los ou "convertê-los" à heterossexualidade. É verdade, porém, que a Universal também não aceita que o Estado (governo) defenda a homossexualidade em livros didáticos.

"O que deveria servir para combater a discriminação vira propaganda explícita do homossexualismo", criticou em seu blog quatro anos atrás.

"A Universal sempre aceitou e aceita todos os homossexuais, como acolhe qualquer ser humano do jeito que ele é", afirma. "Nossa missão é pregar o Evangelho a toda criatura, independentemente do que ela é, faz ou deixa de fazer."

O religioso, porém, admite que, de acordo com a Bíblia, homossexualidade é, sim, uma forma de pecado. "Mas não é maior nem menor que qualquer outro [pecado]", frisa. Como a gulodice, a ira, a preguiça e a luxúria --inclusive se ela for heterossexual, vale dizer.

Bispo Macedo não se recusa a orar ou abençoar eventualmente fiéis da Universal que queriam voluntariamente abandonar a orientação gay, como mostra um vídeo publicado em 2012.

No entanto, essa não é e nunca será uma prática imposta ou uma "condição" para que alguém faça parte da Universal. A própria família do bispo, aliás, já foi alvo de discriminação.

Em abril de 2013, um site de fofocas gospel publicou matéria que afirmava que um dos filhos de Macedo, Moysés, havia se declarado gay. A matéria era falsa. No dia seguinte, o site se retratou com um pedido de desculpas público a Moysés e a toda sua família, e retirou a reportagem do ar.

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