Bolsas de estudo contribuem para aprendizado em línguas através de programa federal

O Programa busca incentivar o aprendizado de línguas, propiciando mudanças no ensino de idiomas estrangeiros nas universidades do País

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Campus | José Alves Filho
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Com o mundo cada vez mais globalizado, surge a necessidade de interagir melhor com outros povos e culturas, nas mais variadas línguas. É por esse motivo que as universidades estão mais atentas a fim de preparar melhor esses profissionais que saem das instituições para o mercado de trabalho.

Nesse preparo, estão inclusos programas de internacionalização de alunado, favorecendo aprendizagem de uma língua estrangeira, vivência de culturas e outros conhecimentos.

Dentre os programas de bolsas de estudos fora do Brasil, está o Idiomas Sem Fronteiras (IsF), iniciativa do Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação Superior (SESu) em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Busca incentivar o aprendizado de línguas, propiciando mudanças no ensino de idiomas estrangeiros nas universidades do País.

De acordo com Beatriz Gama Rodrigues, assessora Internacional da UFPI e coordenadora geral do Programa Idioma Sem Fronteiras, o objetivo é facilitar aos alunos de graduação e pós-graduação o acesso às línguas estrangeiras, conhecimentos científicos e culturais em outros países.

“O foco é incrementar a internacionalização das universidades e oferecer aos alunos tanto de graduação quanto de pós-graduação, o acesso a todas essas oportunidades que estão surgindo ultimamente, de maneira gratuita, para melhor se qualificar, por exemplo as bolsas de estudos, que possibilitam alunos oportunidades de cursarem um semestre ou até um ano em outro país.

Só que pra isso ele precisa ter domínio razoável da língua estrangeira exigida, seja inglesa, francesa, alemã e outras”, explica a assessora da UFPI.

O programa, iniciado apenas com a Língua Inglesa e agora com a adesão da Língua Francesa, foi criado no intuito de suprir as carências observadas em estudantes inscritos no Programa Ciências Sem Fronteiras e de outros programas de mobilidade estudantil, em que muitos não conseguiam aprovações em testes de línguas estrangeiras, por uma necessidade maior de compreender e interpretar o idioma exigido.

Para atender tal demanda, suas ações incluíram a oferta de cursos a distância e cursos presenciais, além da aplicação de testes de proficiência.

Vários idiomas fortalecem troca de experiências

Para Beatriz Gama Rodrigues, a necessidade de expandir o programa com outras línguas, no caso o Piauí, com o acréscimo do Francês, se deu por facilitar a troca de conhecimentos com pesquisadores e instituições de outros países.

"A expansão do programa para outra língua no Piauí foi pensada no intuito de crescermos e ao mesmo tempo se relacionar melhor com outros pesquisadores e ou-tras instituições, e ainda aprendermos mais sobre ou-tras culturas, costumes, numa troca de conhecimentos.

Já que temos muitas pesquisas feitas, que ficam restritas aqui, porque os pesquisadores ainda não estão publicando em outras línguas, como a inglesa, espanhola ou francesa. Precisamos divulgar o que estamos pesquisando", afirma a coordenadora geral do programa Idioma Sem Fronteiras.

Já para Smael Lima, professor da Língua Francesa, a necessidade de expandir o programa Idiomas sem Fronteira com a adesão do francês, se dá pelo aumento de interesses das pessoas em conhecer outras culturas.

"As pessoas não estão mais se contentando apenas com a Língua Inglesa, considerada a língua global, estão buscando conhecer outras culturas.

É diante disso, que surge a necessidade de estudar a Língua Francesa, por esta se encontrar entre as dez mais faladas do mundo e também a países bastante patrióticos, que preferem o uso da língua nativa", revela Smael Lima.

No estado do Piauí, o programa Inglês sem Fronteiras, que já está com quase um ano, inscreveu mais de 7,6 mil estudantes, deste número mais 5,2 mil estão com matrículas ativas, com o total de 2,4 mil alunos na situação de evasão escolar. Dentre os estudantes assíduos no programa, mais de 1,4 mil já concluíram o curso.

Confira métodos mais utilizados para aprender idioma

Aprender a falar, ouvir, escrever e ler em outras línguas são práticas almejadas por várias pessoas, porém não são tarefas muito fáceis, podendo variar de pessoa para pessoa, pois requer disciplina, força de vontade e bastante dedicação. É como esclarece a também professora de Inglês e Assessora Internacional da UFPI, Beatriz Gama Rodrigues.

"Isso varia muito de pessoa para pessoa. Vai depender do interesse e da disponibilidade de tempo delas. Por exemplo, eu acredito que é necessário um tempo maior para que, realmente, você possa dominar uma língua.

Mas tem pessoas que são as exceções a essa regra, que em um ano ou dois anos conseguem se comunicar, fluentemente no idioma estudado. Porém eram pessoas que estavam todos os dias em contato com a língua, se dedicando aos estudos e conseguiram resultados rápidos", garante a professora de Língua Inglesa.

Segundo Smael Lima, o contato com a cultura e o povo nativo contribui para melhor evoluir no aprendizado do idioma. "Em quatro anos de estudos com determinada língua estrangeira, você atinge um nível básico e consegue se comunicar.

Já para ser fluente no idioma, é importante estudar fora, pois o contato diário com determinado povo e costumes contribui bastante com a evolução da linguagem", afirma o professor de Língua Francesa.

Para Evilanne Brandão, 21 anos, estudante de Direito da UFPI que está desde setembro deste ano na Espanha por meio de uma bolsa de estudos, apesar de saber da importância de ter contato constante com um idioma, afirma que um dos obstáculos enfrentados para aprender uma língua, é construir e seguir uma rotina de estudos.

"Para mim, senti dificuldades em tornar o estudo de uma língua algo cotidiano. Mas acredito que para aprender um idioma, é importante criar uma rotina, introduzir o aprendizado ao longo do dia, com coisas simples como buscar entender uma música, ouvir com mais atenção as falas dos personagens em um filme, assim como frequentar um grupo de estudo é importante", confessa a estudante natural do Maranhão.

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