Brasil é 2º em mortes por diabetes não diagnosticado, afirmam especialistas

Brasil tem 588 mil pessoas diagnosticadas com algum tipo de diabetes, sendo que 30% delas são jovens entre 13 e 16 anos

Audiência pública na Comissão de Saúde | Mario Agra/Câmara dos Deputados
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Especialistas em uma audiência pública na Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados ressaltaram a falta quase completa de informações sobre o diabetes, apesar do número alarmante de casos no Brasil. Segundo Jaqueline Correia, presidente do Instituto Diabetes Brasil, o país possui 588 mil pessoas diagnosticadas com algum tipo de diabetes, sendo que 30% delas são jovens entre 13 e 16 anos que já sofrem com comorbidades.

Além disso, Fadlo Fraige, presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, destacou que o número de diabéticos sem diagnóstico corresponde à metade do número de pacientes conhecidos. Isso sugere um grande subdiagnóstico da doença.

Mark Barone, coordenador-geral do Fórum Intersetorial para Combate às doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, revelou que o país é o segundo no mundo em número de mortes por diabetes tipo 1 não diagnosticado.

Uma das preocupações é que o diabetes tem um impacto significativo na expectativa de vida dos pacientes. Segundo Barone, pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1 aos 10 anos de idade têm uma redução de 25 anos na expectativa de vida, o que significa uma expectativa de vida de apenas 52 anos. Em algumas regiões do Brasil, essa redução pode ser ainda maior, chegando a 48 anos.

Complicações de saúde também são comuns entre os diabéticos, sendo as doenças cardiovasculares a causa de 50% das mortes por esse motivo no Brasil. Além disso, a cegueira é uma complicação recorrente, e a falta de informação desempenha um papel crucial. Metade dos pacientes não está ciente de que podem desenvolver retinopatia devido à doença, o que leva a diagnósticos tardios e aumenta o risco de cegueira.

Os especialistas enfatizaram que a prevenção e o tratamento preventivo, incluindo dieta e insulina, são fundamentais para evitar complicações. No caso do diabetes tipo 1, a adesão do paciente ao tratamento é crucial, e sugere-se que o acompanhamento seja realizado por equipes de saúde da família.

Para o diabetes tipo 2, é importante focar na prevenção da obesidade e no tratamento do pré-diabetes, com a inclusão de nutricionistas e professores de educação física nas equipes de saúde da família. Além disso, os especialistas pediram o fim da necessidade de apresentação de relatórios médicos a cada três meses para receber o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A burocracia foi destacada como um obstáculo à assistência adequada aos pacientes.

A deputada Flávia Morais, autora do pedido para a audiência pública, se comprometeu a buscar soluções para esses problemas, incluindo discuti-los com a ministra da Saúde. (Com informações da Agência Câmara)



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