Brasil ganha medalha de prata em torneio de física em Taiwan

Cinco estudantes do ensino médio que foram representar o Brasil no Torneio Internacional de Jovens Físicos.

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Liara tem mais medalhas em diversas olimpíadas | (Foto: Arquivo pessoal)
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Cinco estudantes do ensino médio que foram representar o Brasil no Torneio Internacional de Jovens Físicos (International Young Physicists" Tournament - IYPT) voltaram com uma inédita medalha de prata da competição de conhecimento realizada em Taipei, Taiwan, terminada no último dia 2. O Brasil ficou em sétimo lugar na competição de um total de 26 países. A Coreia do Sul foi a vencedora, seguida por Cingapura e Suíça.

A competição premia com a medalha de prata as equipes classificadas do quarto ao sétimo lugar. O torneio de física tem formato diferente das olimpíadas de conhecimento. Nesta competição, as equipes precisam apresentar soluções para uma série de problemas lançados pelos organizadores.

Enquanto uma equipe mostra sua resolução, outro time age como "oponente", questionando os argumentos apresentados pelo rival; e tem ainda uma equipe "avaliadora", que apresenta uma avaliação dos prós e dos contras do desempenho tanto do time relator quanto do oponente. São os "physics fights" (lutas de física). E é tudo falado em inglês.

A equipe brasileira foi formada por Gabriel Demetrius da Silva e Liara Guinsberg, de São Paulo; Amanda Leite Oliveira, de São José dos Campos; Denise Sacramento Christovam, de Santos; e Vitor Melo Rebelo, de Teresina (PI). Os quatro primeiros são alunos do Colégio Objetivo, enquanto Vítor estuda no Instituto Dom Barreto. Todos têm 16 anos, exceto Liara, que tem 17.

Melhor oponente

A jovem Liara ganhou ainda o prêmio de melhor oponente da competição. "Me preparei durante um ano para este torneio", conta a jovem, que havia participado da edição de 2012 na Alemanha. "Fizemos bons argumentos contra o trabalho apresentado pela Bielorrússia, questionando como foram feitos os experimentos, de onde eles tiraram as teorias apresentadas."

Liara tem mais de dez medalhas em competições internacionais de conhecimento. Aluna do terceiro ano do Objetivo Integrado, de São Paulo, ela vai agora intensificar os estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio e os vestibulares da Fuvest/USP, Unicamp e Unifesp. Apesar da medalha internacional, ela não pensa em fazer carreira na área de física. "Estou pensando em fazer administração ou direito", diz.

Filha de um auditor fiscal e uma dona de casa, Liara avalia que o sonho de ganhar competições de conhecimento não é tão impossível quanto possa parecer. "Tem que estudar bastante, mas se o aluno souber organizar seu tempo é possível."

A competição não tem prova escrita é feita por meio de debates sobre problemas físicos chamados de physics fights que duram 50 minutos. Os estudantes têm de propor respostas para problemas como, por exemplo, utilizar uma folha de papel para construir uma ponte resistente, ou ainda, identificar a variação das matérias de uma bola de ping-pong sob o efeito da água.

Em cada rodada, há um revezamento das equipes que se dividem em três funções: relatoras (apresenta a solução do problema), oponentes (critica a relatora, apontando falhas e expondo aspectos positivos da apresentação) e avaliadoras (avalia as atuações das duas equipes). Todas as equipes passam pelas três posições. Ao término, os jurados dão as notas. Foram realizados cinco physics fights classificatórios entre os países. No final, ficam os três melhores classificados que seguiram para o último embate.



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