Brasil vai ser campeão de mortes do coração até 2020, afirma Ministério da Saúde

No Brasil, entre os adultos com mais de 18 anos, 23% das mulheres e 20% dos homens sofrem de hipertensão arterial

Até 1 bilhão de pessoas podem ser portadoras da doença | Reprodução
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Domingo, 29 de setembro, é marcado como o Dia Mundial do Coração. E, entre outras razões, como a genética, o principal motivo que faz os índices de doenças do coração subir são os hábitos nada saudáveis de jovens, adultos e idosos no Brasil.

Essa situação acarreta a lotação dos hospitais com pacientes que apresentam diversos problemas cardiovasculares, entre eles o infarto, angina, obstrução das artérias coronárias, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e, o mais comum, hipertensão arterial.

Especialistas explicam que até 1 bilhão de pessoas no mundo podem ser portadores da doença.

No Brasil, entre os adultos com mais de 18 anos, 23% das mulheres e 20% dos homens sofrem de hipertensão arterial, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Elisiário Cardoso, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Piauí, comenta que a data é importante para colocar a população em alerta.

?Sabemos que o Brasil será campeão de mortes por doenças cardíacas em 2020. Segundo dados do Ministério da Saúde, só no ano passado 380 mil pessoas morreram devido a doenças cardíacas no Brasil?, revela o presidente ao ressaltar que atualmente, uma média de 34 mil pessoas morrem mensalmente, 800 pessoas morrem ao dia por conta de problemas cardíacos.

Elisiário Cardoso destaca ainda que isso vem acontecendo, dentre outros motivos, porque 50% das crianças estão com o peso acima da média, são sedentárias, estressadas e possuem uma má alimentação. ?Isso já vem acontecendo desde a adolescência?, lamenta. De cada 100 brasileiros que são hipertensos, só 50% sabem que são, e desse total apenas 10% estão com a doença controlada. Além disso, 30% da população brasileira é fumante.

Algumas doenças cardiovasculares, como a hipertensão, por exemplo, não têm, na maioria dos casos, um motivo único para o seu desenvolvimento. Apesar de ser comprovado que a prevenção é o principal fator de sucesso contra as doenças cardiovasculares, o Brasil ainda não tem grandes resultados neste aspecto. ?Nosso país está caminhando para ser o campeão em mortes por doenças do coração?, finaliza Elisiário Cardoso.

Um único doador pode salvar até dez pessoas

A doação de órgão significa a esperança para muitas pessoas que estão nas longas filas de espera no Piauí. Um ato de solidariedade, a doação tem importância inquestionável, uma vez que é responsável por salvar vidas. Um único doador poderá salvar até dez pessoas. Para incentivar esse tipo de ação, é comemorado hoje o Dia Nacional de Doação de Órgãos.

?Uma pessoa poderá doar coração, pulmão, fígado, pâncreas, duas córneas e dois rins, além da pele. Então um único doador poderá salvar muitas vidas, por isso a importância de a família optar pela doação. Sabemos que essa é uma decisão da família, após a morte de seu ente querido, mas nós, ainda em vida podemos manifestar nosso desejo de ser doador de órgãos, pois isso conta na hora da decisão da família?, explicou a gerente estadual de Transplantes, Maria de Lourdes Veras.

Apesar do aumento do número de transplante realizado no Piauí nos últimos anos, a fila de pessoas que esperam por um órgão ainda é bastante longa. Hoje, 350 pessoas esperam por um transplante de córnea e mais 250 aguardam um rim, o que totaliza um lista de cerca de 600 pessoas. Em 2013, já foram realizadas 185 transplantes desses órgãos.

Se por um lado a fila ainda é grande, o número de transplante de órgãos vem aumentando no Estado nos últimos anos, o que contribuirá para diminuir essa lista de agora em diante. No ano passado foram realizados 204 transplantes e esse ano já foram registrados 185. Além disso, a retirada de múltiplos órgãos também avançou. No ano passado foram realizadas dez; este ano já foram 13.

Para que esse número continue crescendo e consequentemente diminuindo a fila de espera, as famílias precisam se conscientizar da importância de fazer a doação dos órgãos de seus familiares. Em Teresina, as famílias ainda são resistentes a fazerem a doação. Dados da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (OPO) mostram que hoje essa resistência alcança o percentual de 65%, em Teresina.



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