Busca com submarino que achou Titanic

O Nautile foi o primeiro a alcançar a carcaça do Titanic, que estava no fundo do mar desde 1912

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O minissubmarino francês Nautile, usado em operações de busca das carcaças do Titanic, deverá participar do resgate das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico na segunda-feira.

O Nautile, que também ajudou nas buscas pelo petroleiro Prestige, que causou um desastre ecológico na Europa em 2002, está sendo levado para o local onde os destroços do avião foram vistos, a cerca de 700 km de Fernando de Noronha, pelo navio francês Pourquoi Pas.

O minissubmarino, normalmente operado por dois pilotos e um observador, é equipado com braços motores e pinças e pertence ao Instituto Francês de Pesquisas para a Exploração do Mar (Ifremer, na sigla em francês). Ele deve integrar as operações de busca a pedido do governo francês.

O Nautile foi o primeiro submarino a alcançar a carcaça do Titanic, que estava no fundo do mar desde 1912, depois que o navio foi detectado por sonares franceses no Atlântico Norte.

Desde o início de suas operações, em 1984, o Nautile já realizou mais de 1.500 trabalhos de busca. O submarino pode mergulhar a profundidades de até 6.000 metros.

O ministro francês dos Transportes, Jean-Louis Borloo, solicitou que o navio Pourquoi pas, em missão nos Açores, se dirija imediatamente ao local das buscas para ficar à disposição do núcleo de coordenação do Estado Maior das Forças Armadas da França.

O Pourquoi Pas deve chegar à área em oito dias, disse à BBC Brasil o porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França, comandante Christophe Prazuck.

A missão do Pourquoi Pas é tentar localizar e recuperar as caixas pretas do avião da Air France.

Com esse navio equipado de um robô e do minissubmarino Nautile, o governo francês quer reforçar os meios mobilizados na realização das buscas.

Caixas pretas

O objetivo prioritário é recuperar as caixas pretas do avião, que emitem sinais durante 30 dias. Para isso, a primeira tarefa será localizar de maneira mais precisa a possível área onde o aparelho caiu, afirma Olivier Lefort, diretor de operações navais do Ifremer.

Segundo Lefort, a área em que foram encontrados destroços do avião vai servir de ponto de partida para calcular o possível o ponto de impacto da nave.

Quando a área em que estão as caixas pretas for localizada, o que pode ocorrer inclusive com a utilização de um sonar, os dois equipamentos a bordo do Pourquoi Pas, o submarino Nautile e o robô Victor, devem ser acionados para recuperá-las.

Na avaliação do diretor do Ifremer, o Nautile, equipado com um sonar lateral, é melhor adaptado às operações de localização, já que o submarino é ocupado por dois pilotos e um observador.

"O olho humano tem maior precisão do que as câmeras de vídeo e de foto do robô", afirma Lefort.

Mas tanto o Nautile quanto o robô não podem serrar a fuselagem do avião, se for necessário.



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