Calor extremo prolongado pode contribuir para precipitar o infarto, diz especialista

Segundo ele, o calor extremo prolongado aumenta o sedentarismo, sobrecarrega o funcionamento do corpo.

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Nesse período do ano, em Teresina, por exemplo, onde a temperatura fica acima de 40 graus, os perigos do sol escaldante e consequentemente do forte calor não se restringem somente a doenças como a desidratação, diarreia, olho seco, insolação, dores de cabeça, câncer de pele, dentre outras, mas também ao perigo de infarto agudo do miocárdio, conhecido popularmente por ataque cardíaco ou simplesmente infarto, que podem provocar a morte.

Nesses casos, pessoas de qualquer idade podem ser acometidas da doença, mas, principalmente, as pessoas idosas são mais predispostas.
“O calor extremo prolongado pode contribuir para precipitar o infarto em pessoas predispostas, a exemplo de idosos com alterações cardíacas prévias, por aumentar os batimentos do coração, baixar a pressão e aumentar a viscosidade do sangue, mesmo em condições de repouso. Tais alterações são decorrentes do aumento dos mecanismos de dissipação que o corpo precisa realizar para manter a temperatura interna constante, em torno de 36,5 C.”, explica o cardiologista Marcos Antonio Basílio da S. Rocha, acrescentando que essa temperatura acima de 37 gruas já pode ser considerada extrema.

Segundo ele, o calor extremo prolongado aumenta o sedentarismo, sobrecarrega o funcionamento do corpo durante a realização de exercícios e contribui para o estresse cotidiano, desafiando o coração. Ele diz que para termos um parâmetro, o intervalo de temperatura ideal para a prática de atividade física moderada a intensa situa-se na faixa de 20 a 26 C, não sendo raro, nesta época, amanhecermos com a temperatura acima de 25 C. Ele entende que a correlação entre o calor extremo prolongado e sua repercussão no coração ocorre entre crianças e idosos, acentuando-se ainda mais em pessoas com mais idade.

“Na realidade, o calor maltrata mais os extremos, crianças e idosos, mas é o coração dos idosos que é mais vulnerável”, ressalta Marcos Basílio, acrescentando que os efeitos do calor também são bastante significativos sobre o aparelho digestivo, do cérebro, os músculos, e das atividades laborais. Ou seja, as formas pelas quais o excesso de calor é dissipado no corpo e, que dependendo da temperatura, pode ser prejudicial ao organismo. Mas o que fazer para se prevenir e quais os cuidados que se devem ter. Na opinião do médico é primeiramente a realização de uma avaliação de saúde, periodicamente, ingerir água adequadamente, procurar por alimentos de fácil digestão, utilizar roupas apropriadas e adotar a prática de exercícios leves em horários com menor incidência de calor. “Sem falarmos da adoção de climatização para os piores momentos do dia e para a prática de atividade física que requeira maior intensidade”, reforça.



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