Campanha incentiva a adoção de crianças abandonadas em Teresina

Também do bem-estar da criança gerada contra a vontade

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Os casos de crianças recém-nascidas abandonadas em sacolas plásticas e caixas em meio a lixões ou valas, em estado total de desnutrição ou em últimas instâncias, assassinadas, têm crescido a cada dia no país e inclusive no Piauí. Essa prática vem chamando atenção das autoridades sobre a importância da adoção.

Com o intuito de promover a conscientização sobre a importância da entrega legal da criança à adoção, que o Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Doação (Cria) lançou na manhã dessa segunda-feira (25), no auditório a Escola Superior de Advocacia do Piauí (ESA-Piauí) a campanha “Abandonar é crime: entregar para adoção é um ato de amor”.

De acordo com Francimélia Nogueira, presidente do Cria, a campanha põe em discussão o direito da mulher em querer ser mãe, em vista, também do bem-estar da criança gerada contra a vontade.

“A iniciativa é voltada para as mães que não querem ser mães, mas engravidaram. Elas precisam ser acolhidas e orientadas. Com a campanha, a gente está discutindo o mito que existe na sociedade de que toda mulher é naturalmente mãe, o instinto materno é inato e o amor é incondicional. Isso não é verdade. Se fosse verdade, mães não matariam seus filhos e não os abandonariam na própria sorte assim que nascem”, esclarece.

Para Daniela Bona, defensora da 1ª Vara da Infância e da Juventude, a mobilização vem conscientizar as famílias sobre a importância da adoção, em casos da criança sofrer rejeição dos próprios entes.

“A Defensoria Pública acredita ser de grande valia para a sociedade. Até porque sabemos de notícias de crianças abandonadas. E a campanha é uma forma de incentivar que as crianças não fiquem no abandono e que a família disponibilize a criança para adoção, encontrando assim uma família adequada”, ressalta.

A campanha visa prevenir o abandono e formar discussões com a sociedade e, principalmente, com a rede de proteção de crianças e adolescentes sobre o acolhimento correto, a uma mãe que deseja entregar o seu filho.

A ação tem como parceiros o Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Doação (Cria), a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), I Vara da Infância e da Juventude de Teresina e a Defensoria Pública do Estado (DPE).

Advogada realiza sonho de ser mãe ao adotar duas crianças

Um exemplo de adoção de sucesso é o caso de Cláudia Martins, advogada, que tinha o sonho de ser mãe, até que conseguiu adotar seus dois filhos: Luis Fernando, 12 anos, e Maria Fernanda, 5. Apesar de não serem filhos biológicos, ela garante que os trata como se fossem. "Quando me tornei mãe, foi a coisa mais maravilhosa do mundo.

Não tem explicação. Eu saio de casa, penso neles 24h, vou trabalhar pensando neles. Ligo no meio do expediente para saber o que eles estão fazendo", revela emocionada.

Mesmo com a união familiar intensa, Cláudia Martins explica que os dois filhos sabem que são adotados. "Eu prezo pela política de contar a verdade. O meu filho mais velho, Luis Fernando, já me questionou o porquê de a mãe biológica tê-lo abandonado.

Expliquei que sua mãe podia dar o amor e o carinho, mas queria dar mais do que isso, como um bom estudo, brinquedos e condições melhores de vida, o que ela não podia lhe dar", relembra a advogada.



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