Campanha mobiliza população a levarem flores às vítimas da Castelo

Um grupo de jovens prestam homenagem para dolescentes violentadas

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Um grupo de amigos se uniu com objetivo de prestar uma homenagem e solidariedade às quatro jovens violentadas em Castelo do Piauí na última quarta-feira (28), e se encontram internadas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O idealizador da campanha “Flores Para Elas - Envie flores, envie paz!”, o estudante de administração da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Luan Leite, conta que a ideia nasceu em um grupo de amigos no whatsapp e se espalhou mobilizando centenas de teresinenses. O jovem é natural de Castelo e afirmou que existem pessoas que residem no município e em Teresina ajudando na campanha.

O ato acorreu na tarde de terça-feira (02) em frente ao HUT, como não puderam adentrar ao centro de saúde, o grupo formou um mural com flores e cartazes na porta. Em um momento de fé, eles fizeram uma oração para levar forças para as vítimas. “Graças a Deus deu nós conseguimos dar a visão que nós queríamos dá para a campanha e passar nossa mensagem de paz . As meninas vão ver nosso ato e vai ajudar com certeza na recuperação delas. Nós também estamos conseguindo números expressivos para as doações e vamos repassar isso com toda transparência”, disse o estudante.

A coordenadora da campanha, a jornalista Aline Raquel, disse que o objetivo principal é arrecadar fundos para as famílias da vitimas que são pessoas humildes. “A nossa campanha quer dá apoio psicológico e financeiro. O financeiro está sendo feito através de rifas, tem a conta para que as pessoas que queiram ajudar possam fazer sua doação. O psicológico está sendo feito através do apoio de outros profissionais. O ápice da nossa campanha foi durante esse ato em que trouxemos as flores para elas e nossas mensagens pedindo por paz”, afirmou.

Ela acrescentou ainda que o grupo está sendo porta-voz de todo Estado que se sensibilizou com o caso das meninas. “A nossa mensagem é de paz, amor, carinho e respeito”, completou.

O grupo também foi responsável pela mobilização realizada na última segunda-feira (01º), no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi), pois uma das meninas estava precisando de doação de sangue e eles decidiram gravar um vídeo com o doutor Gilberto Albuquerque, diretor do HUT e divulgaram nas redes sociais. O vídeo se espalhou e o centro recebeu 280 pessoas querendo doar. “A campanha deu tão certo que já tem doações de sangue agendadas até o final da semana. Nós agradecemos todo mundo que está ajudando essas garotas e pedimos que continuem doando”, disse a jornalista.

O número da conta para poder contribuir na Caixa Econômica Federal, no nome de Milena Ellen Mineiro Torres e Agência: 3389 - Operação: 013 - Conta: 00026859-0 / Poupança.

A vereadora Teresa Britto (PV), também participou da homenagem e afirmou que serviu para mostrar cada vez mais a solidariedade da população piauiense. “Graças a Deus o quadro das meninas está evoluindo, mas continuamos em oração e pedimos para que a equipe médica se empenhe cada vez mais e nós estamos acompanhando para que a Justiça puna a rigor da lei os criminosos”, considerou.

Delegada faz caminhada em repúdio à violência contra a mulher

A delegada Vilma Alves, responsável pela Delegacia da Mulher de Teresina  realizou também na tarde desta terça-feira (02), uma caminhada em um ato de repudio à violência contra a mulher na Avenida Frei Serafim, no Centro de Teresina em razão da indignação da sociedade piauiense em relação ao caso de Castelo do Piauí.

“O nosso objetivo é demonstrar a nossa dor, sentimento de revolta, essa forma tão cruel de estuprar de bater, de ameaçar, de amordaçar, de jogar fora como se fosse um lixo, nós temos que mudar essa mentalidade. A mulher não pode ser tratada como objeto, é preciso se indagar sempre”, ponderou.

Durante o protesto, a delegada voltou a defender a castração química como forma de punição aos acusados de estupros. Ela pede uma reformulação no Código Penal Brasileiro com penas mais brandas para acusados de crimes hediondos.

A vereadora Rosário Bezerra (PT), participou do protesto afirmou que essas garotas tiveram suas vidas interrompidas e que precisam receber bastante atenção emocional e psicológica. “Nós precisamos chamar atenção da sociedade, instituições, segurança, educação, pois essa violência contra as mulheres não é correto. Temos que fazer uma revolução nos valores e costumes da sociedade”, defendeu a parlamentar.

Também estiveram presentes na paralisação várias entidades de proteção à mulher como a Comissão da Mulher, Movimento das Mulheres Piauienses,  Movimento da Mulher Negra e pessoas sensíveis ao caso que chocou todo país.

Fotos: Victor Gabriel



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