Carolina Maria de Jesus é a quarta homenageada em série filatélica

Haverá evento de lançamento também na cidade de São Paulo, no Museu Afro Brasil, no sábado (5), a partir das 15h, com a presença da filha mais nova, Vera Eunice.

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Nesta sexta-feira (4), os Correios lançam mais um selo de “Mulheres Brasileiras que Fizeram História”. A quarta emissão da série homenageia uma das primeiras escritoras negras do Brasil, Carolina Maria de Jesus. O selo será lançado em evento no Salão Nobre da Câmara Municipal de Sacramento/MG, a partir das 18h30. Haverá evento de lançamento também na cidade de São Paulo, no Museu Afro Brasil, no sábado (5), a partir das 15h, com a presença da filha mais nova, Vera Eunice.

Carolina nasceu em 14 de março de 1914, em Sacramento/MG, e hasteou a bandeira do trabalho e da confiança por toda a sua vida. Uma mulher que acreditou em si mesma, honrou suas origens e trilhou o caminho da esperança. Viveu um período de sua vida na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo, sustentando-se e aos três filhos com os recursos de sua atividade como catadora de papéis. Em sua jornada, era notória a paixão pela poesia. Carolina ousava na prática salutar de escrever versos com a delicadeza e sabedoria daqueles que, apesar de conscientes de suas dificuldades e carências, fazem das diversidades a glória de ser maior entre tantos.

Além de Vera, Carolina teve mais dois filhos, João José e José Carlos, mas nunca quis se casar. Ao mesmo tempo em que trabalhava como catadora, Carolina registrava nos cadernos que encontrava no material recolhido em sua jornada, o cotidiano da comunidade onde morava. Foi descoberta, em 1958, pelo fotógrafo e repórter Audálio Dantas, e, nesse mesmo ano, trechos do seu diário foram publicados no Jornal Folha da Noite. E foi a publicação desses cadernos que deu origem a seu livro mais famoso: “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, com tiragem inicial de 10.000 exemplares, que se esgotou em uma semana. Esta obra vendeu mais de um milhão de exemplares e foi traduzida para quatorze idiomas, tornando-se um dos livros brasileiros mais conhecidos no exterior.

Em 1969, Carolina mudou-se de Santana para Parelheiros, uma região árida da Zona Sul de São Paulo, no pé de uma colina. Nesse lugar, caracterizado por fortes contrastes entre ricos e pobres, onde o ar era poluído pelas indústrias do Grande ABC, Carolina passava boa parte de seu tempo sozinha, lendo jornal e plantando milho e hortaliças. Lá, a escritora morreu em 13 de fevereiro de 1977, aos 62 anos.



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