Caseiro envolvido em acidente de moto aquática fala pela 1° vez

O caseiro contou que nesta sexta pela manhã recebeu pelo menos dez ligações de amigos parabenizando por não ter sido transformado em réu .

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O caseiro Erivaldo Francisco de Moura, de 37 anos, diz estar "aliviado? e decidiu falar pela primeira vez. Na quinta-feira (19), o nome dele ficou de fora da lista de réus no processo que vai julgar a morte da menina de 3 anos Grazielly Almeida Lames, morta ao ser atingida por uma moto aquática em Bertioga. ?Seria uma injustiça muito grande eu ser culpado?, disse Erivaldo.

A 1ª Vara do Foro Distrital da cidade não aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público que apontava Erivaldo como um dos responsáveis pela morte da criança. Por outro lado, serão julgados por homicídio culposo (sem intenção) o mecânico e o dono da marina que fizeram manutenção na moto aquática dias antes do fato, além do proprietário do veículo. Ele é padrinho do garoto de 13 anos que conduzia o equipamento pouco antes de Grazielly ser atingida. Eles responderão também por lesão corporal.

Erivaldo aceitou conversar com a reportagem do G1 nesta sexta-feira (20) na praia de Guaratuba, onde trabalha como caseiro, sob a condição de falar apenas sobre a decisão que o isentou de culpa. Ele prefere não falar sobre o caso e tampouco sobre os outros denunciados, entre eles o dono da casa onde trabalha, o padrinho do garoto.

?Tenho ficha limpa, nunca me envolvi em nada?, afirma. O caseiro contou que nesta sexta pela manhã recebeu pelo menos dez ligações de amigos parabenizando por não ter sido transformado em réu no processo. ?Foi uma alegria. Era situação chata, mas eu não chegava a ter medo porque não devia nada?, afirmou.

O juiz Rodrigo Moura Jacob entendeu, com as informações que recebeu da denúncia do Ministério Público e do inquérito policial que o empregado ?simplesmente cumpriu uma ordem de levar o veículo até a praia?. O caseiro alega que não levou a moto aquática para a praia e que apenas retirou Ele conta que no dia apenas foi buscar a moto aquática na praia e que as testemunhas teriam visto "um outro jovem" carregando a moto. Ele não quis entrar em detalhes sobre quem seria essa pessoa.

Pai de três meninas, Erivaldo é nascido no Rio Grande do Norte e já atuou em diversas áreas. Morou em Fortaleza na adolescência, onde trabalhou com jardineiro. Aos 20 anos chegou a Bertioga trabalhar como pedreiro. Foi nessa época que ganhou o apelido de Chapolin. Ela usava um capacete vermelho e fazia intervalos na hora do almoço para assistir aos episódios do herói mexicano. Para os caseiros vizinhos, o apelido não poderia ser mais justo porque dizem haver semelhança física entre ambos.

Erivaldo ainda trabalhou como motorista de vans antes de virar caseiro há quatro anos.

Hoje, além de caseiro, Erivaldo participa de corridas na Baixada Santista. A praia, vizinha à casa onde mora, é seu amplo espaço de treinamento. Livre do processo, ele afirma agora que é pré-candidato a vereador em Bertioga.

Processo continua

O advogado Armando Mattos Júnior, que representa o mecânico Thiago Veloso Lins, proprietário da marina e mecânica ?Jet Sky Riviera?, e seu empregado Ailton Bispo de Oliveira, afirmou que vai recorrer da decisão na segunda-feira (23) e tentar trancar esse recebimento de denúncia. A denúncia do Ministério Público considerou que eles não fizeram a manutenção adequada do equipamento. ?É um absurdo quererem culpá-los?, afirmou o advogado.

A Justiça também aceitou denúncia contra o padrinho do garoto, José Augusto Cardoso Filho. Segundo a Promotoria, Cardoso deixou um menor não habilitado e um amigo pilotarem a moto aquática, sendo que um deles acabou ligando o veículo e provocando o acidente. Seu advogado informou que ele se manifestaria apenas pelos autos.



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