Cemitério de pássaros em Paquetá é o único no Brasil

Ningu?m sabe exatamente quando ele surgiu, mas h? d?cadas ? motivo de orgulho dos moradores de Paquet?, Ilha na Ba?a de Guanabara que j? inspirou escritores, compositores e que tem lugar de destaque garantido na mem?ria afetiva dos cariocas que passaram dos 50 anos.

?nico no Brasil, o cemit?rio de passarinhos e aves em geral fica na Rua Joaquim Manoel de Macedo, assim batizada em homenagem ao autor de ?A Moreninha?, romance pioneiro do Romantismo brasileiro no s?culo XIX.

J? imaginou um enterro em que, no lugar da Marcha F?nebre, os pr?prios passarinhos que sobrevoam os arbustos cuidam da trilha sonora? Neste curioso cemit?rio de Paquet? ? assim.

Em vez de metros, as sepulturas s?o medidas em cent?metros. As imagens barrocas de anjos d?o lugar a esculturas de p?ssaros como as pe?as "O p?ssaro abatido" e "O pouso do p?ssaro cansado", do artista pl?stico paquetaense Pedro Bruno, fundador do espa?o.

O cemit?rio de passarinhos, que tem 24 sepulturas, fica ao lado e ? interligado ao cemit?rio da ilha. Nada de poder p?blico em sua manuten??o. ? cuidado h? 45 anos pelo aposentado The?philo Coutinho, de 84 anos. Nem ele sabe quando o cemit?rio foi fundado, mas arrisca umas contas. Como Pedro Bruno morreu com 80 anos nos 1960, Coutinho estima que o cemit?rio exista desde o s?culo XIX.