Censo revela 203 milhões de habitantes no Brasil, 4,7 mi abaixo do previsto

O número de habitantes registrou um aumento de 6,5% (equivalente a 12,3 milhões de pessoas) em relação ao último Censo

Censo revela 203 milhões de habitantes no Brasil, 4,7 mi abaixo do previsto | Tomaz Silva/Agência Brasil
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Conforme os dados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28), a população brasileira continua crescendo, porém, em um ritmo cada vez mais lento. Conforme o levantamento, o número de residentes no país em 2022 foi de 203,1 milhões de pessoas, com um total exato de 203.062.512 indivíduos. Projeções anteriores do IBGE estimavam que o Brasil teria uma população entre 213 milhões e 214 milhões de habitantes. 

O número de habitantes registrou um aumento de 6,5% (equivalente a 12,3 milhões de pessoas) em relação ao último Censo realizado em 2010, quando a população brasileira era de 190,8 milhões. Isso representa uma taxa de crescimento anual de 0,52%. Esse é o menor nível de crescimento já registrado em um censo no Brasil, desde o primeiro realizado em 1872. Ao longo desse período, o país acumulou um total de 13 operações censitárias.

A análise divulgada pelo IBGE revela que a taxa de crescimento anual da população brasileira já alcançou 2,99% durante a década de 1950 até 1960. Desde então, essa taxa diminuiu de forma contínua ao longo das décadas seguintes, chegando a 1,17% em 2010 e 0,52% em 2022. Essa é a primeira vez em um Censo que o crescimento populacional fica abaixo de 1%. Esse padrão de redução na taxa de crescimento ilustra o que especialistas chamam de transição demográfica, com impactos tanto no comportamento social quanto na economia do país.

A divulgação do Censo 2022 ocorrerá em diferentes etapas. A primeira, realizada nesta quarta-feira, concentrou-se na apresentação da evolução do número de habitantes e domicílios, sem fornecer informações sobre características demográficas como idade e gênero da população. A coleta de dados para o Censo teve início em 1º de agosto do ano anterior, e o planejamento do IBGE era finalizar as entrevistas em três meses, até outubro. No entanto, o instituto enfrentou diversas dificuldades que afetaram o progresso dos trabalhos. Por esse motivo, a coleta de dados residuais foi estendida até o final de maio deste ano. Em suma, a operação do Censo demandou quase dez meses para ser concluída.

O presidente interino do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e diretor de pesquisas do órgão, Cimar Azeredo, classificou de momento histórico e fundamental para o país a entrega dos primeiros resultados do Censo 2022. O trabalho começou, segundo ele, com a ideia de ser realizado em três meses e levou dez meses de coleta em campo. Azeredo afirmou que apesar dessa demora, o IBGE conseguiu imprimir velocidade na entrega dos dados. “Nunca a gente entregou um resultado definitivo tão rápido como agora”.

“Esse Censo, tenho certeza, foi um divisor de águas para o IBGE. É o IBGE antes e depois do Censo 2022. O IBGE se reinventou para fazer a pesquisa. A despeito de todos os problemas estamos entregando à sociedade um produto incrível e temos muito orgulho disso”, afirmou.

(Com informações da Folhapress e Agência Brasil)



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