Cesta básica fica mais cara em 17 capitais, indica Dieese

No primeiro trimestre, também houve alta nas 17 capitais, com maior elevação em Recife (17,92%).

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Os preços dos produtos que compõe a cesta básica subiram em março em todas as 17 capitais onde o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. A maior alta foi constada em São Paulo (10,49%), seguida por Recife (9,74%), João Pessoa (9,49%) e Brasília (9%).

Apesar de terem ocorrido correções em índices maiores nessas localidades, a cesta mais cara do país continua sendo a de Porto Alegre (R$ 257,07), que aumentou 7,8% de fevereiro para março. O segundo maior valor foi registrado em São Paulo (R$ 253,74) e o terceiro, no Rio de Janeiro (R$ 240,22).

Pelos cálculos do Dieese, para sustentar uma família, com base no custo da cesta constatado na capital gaúcha, o trabalhador deveria ter recebido, em março, no mínimo, R$ 2.159,65, o equivalente a 4,23 vezes o salário mínimo vigente (R$ 510). Em fevereiro, o valor estimado era de R$ 2.003,30 ou 3,92 vezes o piso oficial do país. A jornada de trabalho necessária chegou a 94 horas e 38 minutos, em março, ante 88 horas e 52 minutos, em fevereiro.

No primeiro trimestre, também houve alta nas 17 capitais, com maior elevação em Recife (17,92%). Em seguida aparecem João Pessoa (15,04%), Salvador (13,96%), o Rio de Janeiro (12,59%) e São Paulo (11,20%). As correções foram menores em Fortaleza (3,09%), Belo Horizonte (4,86%) e Belém (5,58%).

De acordo com a avaliação técnica do órgão, ?a longa temporada chuvosa causou atraso no plantio e redução da área de cultivo?, pressionando, consequentemente, os preços da maioria dos produtos. A principal alta foi a do tomate, que ficou mais caro em todas as capitais, com destaque para Curitiba (75,39%), São Paulo (73,13%), João Pessoa (67,78%) e Rio de Janeiro (64,31%).

O preço do leite subiu em 13 capitais e as maiores elevações ocorreram em Florianópolis (12,42%), no Rio de Janeiro (10,38%) e em Goiânia (8,97%). No caso do feijão, cujos preços estavam em baixa, houve aumento em 12 capitais com destaque para João Pessoa (25,70%), Salvador (18,95%), Recife (16,31%) e São Paulo (13,53%).

O açúcar também ficou mais caro em 12 capitais. A maior elevação ocorreu em Brasília (28,57%), seguida de Fortaleza (22,16%), Aracaju (12,38%) e São Paulo (10,65%). Além da demanda em alta no mercado internacional, a cana-de-açúcar está na entressafra.

O preço da carne teve alta em 11 capitais. Curitiba apresentou a maior elevação, 4,61%. Em seguida vêm Florianópolis (4,32%), Aracaju (3,67%) e Brasília (3,22%). em 11 capitais o preço do arroz foi corrigido para cima, com destaque para Aracaju (8,15%), Natal (3,63%), Belém (3,38%), Recife (3,34%) e Salvador (3,06%).

Outro produto que ficou mais caro com o excesso de chuvas foi a batata, que apresentou alta em sete capitais. Em Brasília, o aumento chegou a 50,24%, em Goiânia, a 45,68%, e em Vitória, a 23,48%. Em sentido oposto, o óleo de soja ficou mais barato em 14 das 17 das capitais, sendo a queda mais expressiva apurada em Fortaleza (-5,36%).



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES