O corpo do jornalista Rafael Henzel, sobrevivente do acidente com o voo da Chapecoense, foi enterrado às 16h40 no cemitério Jardim do Éden, em Chapecó, no Oeste catarinense, na tarde desta quarta-feira (27). Ele morreu na noite de terça (26) aos 45 anos após ter um infarto enquanto jogava futebol.
Por volta das 16h10, o corpo foi colocado no caminhão dos bombeiros para o cortejo até o cemitério, onde chegou às 16h20. Antes do enterro, o jornalista foi homenageado pela Polícia Militar.
O corpo foi velado desde as 6h30 desta quarta no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, que fica ao lado da Arena Condá, estádio da Chapecoense, em Chapecó. Ele foi um dos quatro brasileiros sobreviventes do acidente aéreo que matou 71 pessoas em 2016.
A morte do jornalista causou comoção entre políticos, familiares, personalidades e jornalistas. A prefeitura de Chapecó decretou luto oficial de três dias. Henzel deixa o filho Otávio, de 14 anos, e a mulher, Jussara.
Velório
Logo no início do velório, ocorreu uma cerimônia ecumênica. Por volta das 9h, uma bandeira do município de Chapecó foi colocada em cima do caixão pelo prefeito, Luciano José Buligon, e vice-prefeito, Elio Francisco Cella. O momento foi aplaudido pelo público.
Entre as dezenas de pessoas que se despediram do jornalista estavam jogadores da Chapecoense, atletas da categoria de base, a delegação do Criciúma, que vai jogar contra o time de Chapecó na noite desta quarta, e os três sobreviventes do acidente aéreo Alan Ruschel, Neto e Jakson Follmann.
Mal súbito
Em nota, o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, informou com pesar que Henzel morreu às 21h10. Ele chegou na unidade em parada cardiorrespiratória, "vítima de um mal súbito durante jogo de futebol com amigos e colegas de imprensa de Chapecó". Também diz que todas as medidas de reanimação possíveis foram adotadas, sem sucesso.
Perfil
O jornalista trabalhava atualmente na rádio Oeste Capital e, um ano após sobreviver à tragédia, tinha voltado normalmente à rotina dos jogos.
Em 2017, Rafael Henzel lançou o livro "Viva Como se Estivesse de Partida". Na obra, fala sobre o incidente e a mensagem de importância à vida.
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