Chineses começam escavações do “buraco para o inferno” no noroeste do país

A perfuração do solo teve início no dia 6 de junho, a região é uma das áreas mais difíceis de explorar por conta do solo áspero

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Chineses começam escavações do "buraco para o inferno” no noroeste do país | Reprodução/Redes Sociais
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A China tem avançando na área da exploração científica das camadas internas da terra. Um poço escavado no noroeste do país asiático e que conta com cerca de 10 mil metros de profundidade, pode revelar novos conhecimentos sobre as áreas profundas do planeta. Durante todo o processo, equipamentos como brocas e tubos de perfuração pesando toneladas, penetrarão a terra, passando por mais de 10 camadas como a do sistema cretáceo.

Felix Nannini, geólogo e pesquisador da Universidade Federal de Uberlândia (UFU)  explica que a ideia dos cientistas é investigar as características das rochas sedimentares da região onde o poço é escavado na Bacia de Tarim.

Nas bacias sedimentares são acumulados sedimentos ao passar do tempo geológico, no caso da Bacia de Tarim, "a espessura do material sedimentado pode ultrapassar 10 mil metros em alguns trechos na porção”, afirma. A perfuração do solo teve início no dia 6 de junho. A região é uma das áreas mais difíceis de explorar por conta do solo áspero, além das condições subterrâneas complicadas.

“A partir de uma perfuração profunda como a proposta, será possível saber com mais detalhes os tipos de rochas sedimentares existentes em subsuperfície e avaliar a presença de depósitos de combustíveis fósseis, como carvão, petróleo e gás. Além disso, será possível identificar diretamente as rochas abaixo da bacia sedimentar e as estruturas desse contato. O detalhamento destas informações pode auxiliar no entendimento da própria formação dessa bacia”, disse.

Em terras brasileiras o poço mais profundo que se tem registro foi perfurado no pré-sal da Bacia do Espírito Santo. Segundo a Petrobras, a estrutura tem cerca de 7.700 metros e foi perfurada a 145 km da costa, em uma região conhecida como Monai.

“A perfuração mais profunda já realizada na história mundial ocorreu no fim da década de 1980 na Rússia, na península de Kola, chegando a aproximadamente 12.260 metros”, destaca o geólogo.



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