Cientistas desenvolvem micróbio que “come” plástico jogado nos oceanos

Pesquisadores de cinco países se reuniram para desenvolver um ser vivo que se alimenta do carbono encontrado no plástico marinho.

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Representa quase 70% de todo o lixo nos oceanos, o plástico coloca em risco inúmeras espécies marinhas. Mas há possibilidade desse cenário mudar, por menor que seja: cientistas descobriram que micróbios marinhos microscópicos estão corroendo o plástico, fazendo com que o lixo se decomponha lentamente. As informações são do O Globo.

Essas descobertas podem oferecer uma nova estratégia para ajudar a combater a poluição dos oceanos: implantar micróbios marinhos para devorar o lixo. No entanto, os pesquisadores ainda precisam medir a eficácia desses micróbios em escala global. O trabalho reuniu sete cientistas da Grécia, da Suíça, da China, da Itália e dos Emirados Árabes.

No estudo, os pesquisadores fizeram a coleta de um plástico desgastado de duas praias diferentes em Chania, na Grécia. As peças eram de polietileno, o resíduo mais popular e o encontrado em produtos como sacolas de compras e frascos de xampu, ou poliestireno, o plástico rígido encontrado em embalagens de alimentos e eletrônicos. 

Os restos de plástico já tinham sido expostos ao sol e passado por mudanças químicas que fizeram com que se tornassem quebradiços. Tudo isso precisa acontecer antes que os micróbios comecem a "mastigar".

A equipe usou duas amostras micróbios : parte deles eram naturais, que já são encontrados nos oceanos; a outra parte eram projetados em laboratório, foram aprimorados com partes de micróbios comedores de carbono. Esse segundo tipo pode sobreviver se alimentando apenas do carbono presente nos pedaços de plástico. Os cientistas então analisaram as mudanças nos materiais ao longo de um período de 5 meses.

Ambos os tipos de plástico perderam uma quantidade significativa de peso depois de serem expostos tanto aos micróbios naturais quanto aos projetados. Os micróbios fizeram com que o peso do polietileno diminuísse em 7% e o peso do poliestireno diminuísse em 11%.

Sergio Hanquet/Biosphoto



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