CODEVASF investe no fortalecimento da apicultura no Vale do Parnaíba

Nos últimos dois anos, a CODEVASF direcionou esses investimentos para fortalecer a cadeia produtiva apícola, contribuindo para geração de emprego e renda.

Avalie a matéria:
|
FACEBOOK WHATSAPP TWITTER TELEGRAM MESSENGER

Além do clima e da grande diversificação de floradas, o apoio das instituições faz a diferença no desenvolvimento da apicultura piauiense. A atividade é hoje considerada uma das grandes opções para agricultura familiar por proporcionar o aumento de renda , através de oportunidades de aproveitamento da potencialidade natural de meio ambiente e da sua capacidade produtiva tornando assim das atividades produtivas de maior importância para o Piauí. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) incentiva o setor por meio de investimentos que visam a ampliar e melhorar a produção de mel no estado. Nos últimos dois anos, a empresa aplicou cerca de R$ 6,9 milhões para incrementar o arranjo produtivo local da apicultura no semiárido piauiense. Os recursos fazem parte do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria e são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).

Nos últimos dois anos, a CODEVASF direcionou esses investimentos para fortalecer a cadeia produtiva apícola, contribuindo para geração de emprego e renda. Em Cristino Castro, Itaueira e Floriano, no sudoeste do estado, a Companhia construiu três unidades de extração de produtos da abelha (UEPAs). As obras foram concluídas em 2014 e estão beneficiando 60 famílias de apicultores que vivem nesses municípios. O investimento total chegou a R$ 287,9 mil.

Já em Patos, Belém, Marcolândia, Santana do Piauí, Jaicós, Padre Marcos e Pio IX a CODEVASF investiu em obras para adequação e ampliação de sete UEPAs. Além disso, a empresa construiu uma unidade em Massapê do Piauí. Nesses empreendimentos, o volume total de recursos foi de R$ 269,9 mil. As obras foram concluídas em 2013 e estão beneficiando cerca de 160 famílias.

As UEPAs melhoram a qualidade dos produtos apícolas, além de atender às normas sanitárias. “A adequação das instalações de extração e beneficiamento do mel e dos demais produtos é uma exigência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As unidades devem possuir certificação sanitária e a garantia da aplicação das boas práticas apícolas pelo apicultor, de forma a assegurar a qualidade do produto, além de estar em conformidade com as demais leis e regulamentos aplicáveis ao setor”, explica a gerente de Desenvolvimento Territorial da CODEVASF, Izabel Aragão.

Para os apicultores beneficiados com os investimentos, a instalação dessas unidades melhorou o processo de extração de produtos da abelha. “O apoio da CODEVASF foi de grande importância. Antes, a gente recolhia o mel de forma irregular. Por meio de capacitação promovida pela empresa, aprendemos novos padrões de trabalho. Inclusive, abriu-se um grande leque referente à comercialização. Antes, contávamos com atravessadores. Hoje, tratamos diretamente com a beneficiadora”, explica Edilmar Bispo, presidente da Associação dos Jovens Apicultores de Cristino Castro (AJACC).

A entidade conta com 15 associados. No período chuvoso, a produção chega a até 1.500 kg de mel por mês. Os bons resultados animam os apicultores, que já fazem planos para ampliar os negócios. “Depois desse apoio temos a pretensão de criar um centro de comercialização da própria associação”, conta Bispo.


Metas para 2015

A apicultura está presente em quase todos os municípios do Piauí, especialmente na região do semiárido, e contribui de forma significativa para o desenvolvimento e geração de renda de grande parte dos pequenos produtores. A produção de mel envolve atualmente cerca de 3,5 mil famílias e representa aproximadamente 50% da renda bruta de cada uma delas. O Piauí é atualmente o quarto maior produtor nacional de mel.

Por essas razões, a apicultura é uma das atividades produtivas prioritárias que estão sendo trabalhadas na área de atuação da CODEVASF no Piauí e Ceará. “Os investimentos na apicultura vêm se consolidando a partir das ações estruturantes do início da atuação da CODEVASF no Vale do Parnaíba. Essas ações tiveram seu foco principal na construção e reforma de UEPAS; construção e reforma de entrepostos e fornecimento de equipamentos básicos para potencializar as unidades e aumentar a competitividade em relação ao mercado, já que o Piauí e Ceará têm muita atuação de entidades privadas (tanto no comércio interno quanto externo) exigindo dos nossos apoiados qualidade e certificação dos produtos em todos os níveis, do apiário à prateleira”, explica o gerente Regional de Revitalização da CODEVASF no estado do Piauí, José Ocelo Rocha.

A partir de 2012, com a instituição do Plano Brasil sem Miséria - Eixo Inclusão Produtiva, foram realizadas reuniões com os parceiros da CODEVASF na área visando ao planejamento e à definição de metas para o setor. Foram selecionados 47 municípios, sendo 37 no Piauí e 10 no Ceará, atendendo um total de 81 comunidades (associações de apicultores). “Em 2014, tivemos limitações ou restrições para doações impostas pelo período eleitoral. A partir deste ano retomamos as entregas”, explica Rocha.

Em 2015, a Superintendência Regional da CODEVASF no Piauí tem como meta o atendimento direto de 583 famílias cadastradas e selecionadas, fornecimento médio de 10 colmeias por família, insumos e indumentárias. Também será iniciada a reforma e adequação de 20 UEPAS, bem como a reforma da Central de Cooperativas do Semiárido Brasileiro – Casa Apis, maior entreposto de mel ligado à economia solidária do Brasil. Para este ano, está prevista também a estruturação do entreposto de mel de Campo Maior, agora sob a gestão da Associação dos Apicultores de Campo Maior (Apicam), entidade apoiada pela CODEVASF desde 2012.

Outra meta da CODEVASF para 2015 no apoio à apicultura são os investimentos em capacitações e treinamentos para elevar a produtividade média das colmeias de 20kg para, no mínimo, 35kg. “Por meio das doações, queremos aumentar o número médio de colmeias por produtor, que hoje varia de 15 a 40 para números próximos a 80-90. Além de agregar, no mínimo, um salário mínimo mensal à renda de cada apicultor atendido pelo Plano, oriundo especificamente da apicultura”, assinala Rocha.



Participe de nossa comunidade no WhatsApp, clicando nesse link

Entre em nosso canal do Telegram, clique neste link

Baixe nosso app no Android, clique neste link

Baixe nosso app no Iphone, clique neste link


Tópicos
SEÇÕES