Com colapso, Maceió já ultrapassou mais de mil tremores de terra em 5 dias

Os moradores dos locais afetados pelos abalos sísmicos foram realocados e as áreas foram isoladas.

Registros de tremores em Maceió | Reprodução
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Durante o período de 19 a 24 de novembro, três bairros em Maceió foram palco de uma série de abalos sísmicos, totalizando 1.011 tremores nos locais de Mutange, Pinheiro e Bebedouro. A informação foi divulgada nesta sexta-feria, dia 1º, por Paulo Falcão, diretor de obras da Defesa Civil Nacional, vinculada ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regionale que está monitorando de perto a situação na capital alagoana. 

A expectativa é que seja declarada situação de emergência ainda hoje devido ao risco iminente de colapso em uma mina operada pela Braskem. Os moradores dos locais afetados pelos abalos sísmicos foram realocados, e as áreas foram isoladas. O bairro de Mutange foi o mais impactado, registrando uma movimentação significativa de até 50 cm nas últimas 24 horas, muito acima da média anual anterior de 18 cm. Além disso, foram identificadas trincas e rachaduras no solo, indicando uma evolução preocupante da situação.

O caso em Pinheiro, relacionado à Braskem, ganhou destaque em março de 2018 após um tremor de terra sentido por moradores de diversos bairros de Maceió. O Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou estudos para compreender as causas desse fenômeno, e o relatório técnico resultante evidenciou uma correlação direta entre as atividades da mineradora e a subsidência na região.

Em janeiro de 2020, um Termo de Acordo para Apoio na Desocupação das Áreas de Risco foi estabelecido, permitindo a evacuação da área e a respectiva indenização pela empresa. No entanto, o risco de colapso da mina 18 da Braskem em Maceió está aumentando a cada hora, de acordo com a Defesa Civil municipal. A região ao redor da mina afunda 2,6 cm por hora, com um deslocamento vertical acumulado de 1,42 m.

Diante do considerável aumento na movimentação do solo, as autoridades alertam que o colapso da mina 18 pode ocorrer a qualquer momento, potencialmente resultando em uma enorme cratera na área afetada. Há um sério risco de que o colapso afete também as minas vizinhas (7 e 19), ampliando ainda mais os danos na capital alagoana. A situação requer atenção urgente e medidas eficazes para proteger a população e mitigar os impactos.



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