Com Quaresma, aumenta procura por pescados em THE

A expectativa é que a procura aumente ainda mais.

PEIXES | Consumidores podem encontrar dos mais variados tipos e tamanhos | Moisés Saba/Jornal Meio Norte
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Quem mantém o costume da Igreja não perde tempo na hora de escolher o melhor peixe para fazer parte do cardápio. No Mercado do Peixe, em Teresina, logo após a Quarta-feira de Cinzas, o grande fluxo de clientes já foi percebido. De acordo com Ézio Fernandes, administrador do local, a tilápia e o tambaqui estão entre as preferências.

Apesar da pequena oferta de peixe este ano, em comparação com o ano passado, a expectativa é que a procura aumente ainda mais.

?Neste período de Quaresma as pessoas podem continuar contando com as nossas ofertas. Este ano, a entrada foi de 13.000 peixes para varejo. A esperança é de maior movimentação, principalmente na sexta- feira e finais de semana?, ressalta o administrador.

Para o vendedor Aelson Dias ainda está cedo para o registro de aumento, no entanto, a expectativa é vender bastante nas próximas semanas. ?No ano passado vendemos muito bem, principalmente piratinga e tambaqui. Este ano esperamos até mais, quando se trata de Quaresma?, acrescenta o vendedor.

Teresinenses valorizam a Quaresma

Já estamos bem próximo da Quaresma e neste período, o velho e bom peixe é sagrado na mesa de muitos teresinenses. Além de ser um alimento mais saudável, a época para algumas pessoas também é de penitência, jejum e oração. Apesar do tempo e sua modernidade, esse ritual bem como suas práticas ainda perpetuam na memória da população.

A tradição de não comer carne vermelha já vem de muito tempo e segundo a Igreja, há motivos significativos para isso. Segundo o padre Lauro de Deus, a primeira concepção que se tem é que carne vermelha traz muito sangue, por isso em respeito à imagem de Cristo Crucificado, os cristãos devem se abster de comê-la.

Outra concepção está relacionada ao preço da carne vermelha, que por sua vez, sempre foi mais acessível a quem tinha um maior poder aquisitivo. Já o peixe era mais barato. "Por conta de todas essas explicações criou-se isso.

Hoje nosso maior desafio é também resgatar essa tradição nas pessoas que ainda a mantêm.

É importante que, neste período, se coma menos, para que assim a comida em maior quantidade seja deixada àqueles que realmente necessitam", explica o padre.

O comerciante Antônio Filho já leva à risca a tradição junto com toda a família. Conforme esclareceu, o peixe também é adotado em sua casa por conta dos benefícios que traz à saúde. "Para nós, a melhor opção tem sido o peixe. Toda família já adere à prática, pois a carne branca traz mais benefícios", comenta Antônio.

Na casa da aposentada Maria do Carmo Nascimento o costume nunca foi abandonado. Maria, que normalmente já consome o peixe duas vezes por semana, optou por manter a tradição criada na família e respeitar a tradição que a Igreja pede que se siga.

"Na Quaresma, eu como peixe durante dois dias. Para mim, abandonar a carne vermelha nunca foi obrigação, já que gosto mesmo de peixe", declara a aposentada.



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