Comerciantes ainda sofrem com falta de água

No Bairro Renascença II os comerciantes, mais especificamente os que trabalham com serviços de alimentação, estão enfrentando grandes dificuldades

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Moradores buscam água em baldes em Teresina. | Efrém Ribeiro
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A falta geral de água ocorrida nos últimos dias em Teresina trouxe incômodos de toda natureza para a população.

Ou seja, desde as dificuldades na realização de pequenos serviços domésticos, banho, em alguns casos até mesmo água para beber, como também prejudicou principalmente aos comerciantes do ramo de bares, churrascarias e lanchonetes. Trabalhadores que necessitam da água para o cozimento de alimentos, lavagem de utensílios domésticos e da higienização de ambientes.

No Bairro Renascença II, por exemplo, os comerciantes, de modo geral e mais especificamente aqueles que trabalham com serviços de alimentação servida diretamente ao cliente, estão enfrentando grandes dificuldades em atender bem e alguns estão funcionando parcialmente.

Os entrevistados dizem que o único jeito é carregar água em vasilhames, das hortas comunitárias mais próximas, até os estabelecimentos comerciais e acondicionar essa água, para que os serviços não fiquem totalmente paralisados.

No caso dos comerciantes do Bairro Renascença II, tem ainda um agravante, segundo eles, que é a constante falta de água no local. ?Esse problema de falta de água aqui é o ano inteiro. Mas com o problema de faalta de água nos últimos dias em Teresina, a situação piorou e muito.

Porque antes a água chegava à noite e desaparecia ao amanhecer, e agora, nem à noite está chegando mais água nas torneiras das casas e dos comércios?, diz o comerciante Gitã Duarte.

Ele diz também que em seu estabelecimento comercial de venda de pizzas, a maior dificuldade é para lavar os pratos e talheres. Segundo ele, nos últimos dias os clientes estão tendo que comer pizza em lenços de papel, porque não tem água suficiente para lavar a grande quantidade de louça suja, durante o atendimento.

A água que os empregados buscam nas hortas comunitárias é suficiente apenas para manter limpas as formas onde são preparadas as pizzas.

?Ter que carregar água para lavar pratos, panelas, talheres e ainda fazer a limpeza do comércio é difícil. Todos os dias estou indo às hortas, no meu carro, pegar água, para as tarefas do comércio, porque se não, a gente fecha e os prejuízos serão bem maiores.

Mas é claro que o funcionamento está bem menor, depois da falta de água. Sem contar que aumentou também o consumo de copos descartáveis, já que não temos água o suficiente, para lavar copos toda hora?, argumenta Gitã Duarte.

Dobra o preço de garrafões de água

Alguns comerciantes estão tendo que se virar para atender a clientela, em termos de fornecimento de água para beber. O dono de um restaurante no Bairro Renascença II, José Roberto, conta que além de ter que pegar água nas hortas comunitárias, está tendo que comprar água mineral, em garrafões, para atender sua clientela.

"Estamos tendo que comprar água cara para os clientes beberem, porque não temos mais água da Agespisa nos filtros e ou bebedouros", diz o comerciante, acrescentando que a água comercializada em garrafões de 20 litros, antes adquirida a seis reais o garrafão, hoje, no bairro, depois que a água sumiu completamente das torneiras, passou a custar 12 e até 14 reais o garrafão.

"É um absurdo também as pessoas se aproveitarem da falta de água e aumentar o valor de um garrafão d"água. Ou melhor, dobrar de preço. Com isso, estou tendo prejuízos", comenta o empresário José Roberto, acrescentando que além de ter que andar carregando água em uma moto, da igreja evangélica da qual ele participa, para manter os utensílios domésticos e também a limpeza do ambiente com boa higienização.



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