Comerciantes vivem “presos” por medo de assaltos; veja!

Mesmo com um distrito policial na região, a onda de assaltos é frequente.

VIOLÊNCIA | Atendimento no comércio é realizado através de grades | Reprodução Jornal MN
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Por conta da pouca segurança, comerciantes da Vila Irmã Dulce, bairro localizado na zona Sul de Teresina, são obrigados a ?se prender? dentro de seus estabelecimentos. Por conta do medo de assaltos e roubos, eles põem grades em portas e janelas e ficam atendendo através delas na tentativa de buscar uma forma mais segura de trabalho.

Mesmo com um distrito policial na região, a onda de assaltos é frequente e os moradores ainda temem sair de suas casas durante a noite. Segundo eles, os assaltantes preferem agir no final do dia, quando os comerciantes estão fechando suas lojas e algumas pessoas estão retornando para as suas residências.

Francisca Bento, que possui uma loja no bairro, revela que vive amedrontada no local. Ela conta que ao invés de os assaltantes viverem presos, os moradores é que estão vivendo dessa maneira, tendo que se fecharem dentro de seus comércios para poder trabalhar.

O comerciante Emídio Ferreira já teve seu comércio assaltado duas vezes. Ele diz que todo atendimento que é feito no seu estabelecimento é através das grades.

?O cliente chega e é atendido do lado de fora mesmo, como não temos como saber quem é assaltante, temos que nos precaver dessa forma?, disse o comerciante. A presidente da Associação de Moradores da Vila, Francisca Moura, conta que a segurança no local não é suficiente. Ela aponta que o distrito policial do bairro conta apenas com quatro policiais e estes não atendem somente as ocorrências locais. Os policiais atendem também os bairros Angelim, Esplanada e Chapadinha.

?A demanda é muito grande e apenas esse número de policiais não consegue dar conta. Aqui tem comércios que já foram assaltados mais de dez vezes?, disse a presidente.

Estrutura não acompanha crescimento da vila

Com 13 anos de existência, a Vila Irmã Dulce, uma das regiões mais carentes e que mais crescem na cidade, enfrenta uma série de problemas relacionados com a falta de infraestrutura. Grande parte das ruas não possui pavimentação e, quando chove, as vias ficam completamente alagadas.

Além disso, o lixo toma conta do bairro. A população ainda reclama da falta de segurança, áreas de entretenimento, de serviço de saúde e transporte eficiente . Uma das principais reivindicações é sobre as ruas da vila. Ao passar pelas vias do bairro não é difícil encontrar muito lixo e lama. Os moradores contam que pela falta do calçamento, as ruas ficam alagadas e a lama toma conta do local.

?Quando chove ficamos dentro da lama, é quase impossível passar?, disse a dona de casa Maria Auxiliadora. Segundo a presidente da Associação de Moradores do bairro, Francisca Moura, a vila tem 115 ruas e apenas 58 delas são calçadas. Ela diz ainda que a Irmã Dulce possui a necessidade de manutenção da SDU/Sul nos serviços de limpeza.

?As ruas Senhor do Bonfim e as áreas do Boa Vista e do Morro do Cego são as que mais sofrem com a falta de infraestrutura. A questão da iluminação também é precária?, disse Francisca Moura. O serviço de saúde também não é eficiente segundo os moradores.

Eles contam que o bairro possui apenas um posto de saúde que não consegue atender a comunidade toda. Os moradores apontam também que o trabalho que é desenvolvido lá é apenas o de prevenção e que, quando eles precisam de atendimento de urgência, se deslocam para os hospitais do Parque Piauí ou do Promorar.




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