Condenadas por homicídio, Richthofen e Ana Carolina Jatobá são amigas na cadeia; vídeo

Quase dez anos após o crime, acusada de matar pais ainda briga por herança.

Suzane Richthofen e Ana Carolina Jatobá são amigas na cadeia | Reprodução
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Imagens gravadas na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, mostram Suzane von Richthofen, acusada de matar os pais, caminhando ao lado de Ana Carolina Jatobá, acusada de matar a menina Isabella Nardoni. No vídeo, elas conversam no pátio da prisão.

Perto de completar dez anos do crime, Suzane ainda briga com o irmão Andreas por metade da herança. O patrimônio está avaliado em R$ 11 milhões. O processo de inventário corre desde 2002 e já tem 11 volumes. Todos os bens da família estão bloqueados pela Justiça.

Além da casa, avaliada em R$ 2 milhões, a herança dos Richthofen tem outros nove imóveis, entre casas e terrenos. Além disso, há quatro carros, uma moto e cinco contas bancárias. E participação em duas empresas. Há também o conteúdo de um cofre lacrado sob os cuidados da Justiça.

A Prefeitura de São Paulo já recebeu reclamações sobre o estado de conservação da casa dos Richthofen. O local, principalmente a piscina, teria virado criadouro de mosquitos da dengue. Num pedido à Justiça para vender a casa, Andreas mencionou a situação na esperança de convencer o juiz, mas foi inútil.

Por lei, Andreas tem direito imediato à metade da herança. O problema está nos bens de divisão complicada, como os imóveis, e na dúvida sobre a outra metade, que seria de Suzane. Nelson Shikicina, presidente da Comissão de Direito de Família da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), explica que um filho que mata os pais pode perder a herança, desde que seja condenado numa ação específica de declaração de indignidade. Nesse caso, Andreas seria o único herdeiro. Suzane já foi condenada em primeira instância, mas recorreu da decisão.

?Esse recurso vai pro Tribunal de Justiça, pode demorar um tempo de dois ou três anos, é o que normalmente demora esse tipo de julgamento, e depois ainda há outras formas de recurso.

Andreas, hoje com 25 anos, nunca falou sobre o crime. Estuda química na Universidade de São Paulo e na última semana não frequentou as aulas. Ele se esforça para levar uma vida normal, longe das lembranças e das dúvidas que ainda envolvem a morte dos pais.



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