Confira a correção completa das provas do segundo dia do Enem aplicadas em todo País

Os candidatos também tiveram de escrever uma redação, do tipo dissertativo, sobre a ética no país

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Provas do Enem | Divulgação
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As provas de matemática e linguagens do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicadas neste domingo (6), foram consideradas fáceis pelos professores de cursinho ouvidos pelo G1. O exame cobrou 45 questões de múltipla escolha de cada área. Os candidatos também tiveram de escrever uma redação, do tipo dissertativo, sobre a ética no país. Com textos longos, a prova foi considerada cansativa.

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Para Nicolau Marmo, coordenador-geral do Anglo, o grau de dificuldade foi parecido com o da prova que vazou em outubro. ?Os examinadores exigiram pouco conteúdo de matemática. Como o Enem vai selecionar para o vestibular, deveria cobrar mais conceitos. Um estudante que for prestar para engenharia vai conseguir passar sem conhecer matemática.?

?O exame estava dentro do proposto pelo Ministério da Educação, valorizou bastante interpretação de texto e, na parte de matemática, os cálculos exigidos eram simples?, afirma Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil.

Matemática

?Foi uma prova que se caracterizou por questões que exigiam leitura de gráfico. Foram cobrados temas como aritmética, porcentagem e regra de três, adequados para avaliar o ensino médio?, afirma Nicolau Marmo, coordenador-geral do curso Anglo. Segundo ele, também apareceram questões simples de probabilidade e geometria. ?Somente duas questões devem ter dado trabalho aos estudantes, que eram de geometria e exigiam visão espacial. Essas perguntas tratavam de esculturas, que eram prismas entrelaçados. O restante da prova era fácil.?

Para o professor Giuseppe Nobilioni, do curso Objetivo, a prova foi mais difícil do que a que vazou. ?Quanto ao conteúdo exigido, manteve o dos anos anteriores. Embora tivessem acenado para a possibilidade de haver questões mais abrangentes esse ano?, disse. ?Houve muito cálculo e alguns enunciados não forneciam as informações suficientes para a resolução?, comentou.

?A prova foi boa, os enunciados estão claros e contextualizados. Manteve o grau de dificuldade do ano passado?, disse Marcelo Dias Carvalho, do curso Etapa. A exigência de uma questão específica de estatística foi novidade esse ano, apontou. Apesar da avaliação positiva, o professor ressaltou que foi cobrado excesso de cálculos em alguns testes.

Linguagens

Na opinião de Nicolau Marmo, do Anglo, as questões foram de bom nível, adequadas para selecionar para os vestibulares, mas não para avaliar o ensino médio. ?As questões de português são de apreensão de texto. Foi uma prova bem feita, embora cansativa. O tempo foi contra o candidato.?

Elizabeth de Melo Massaranduba, do curso Objetivo, disse que a prova não foi simples por estar ?densa, complexa e longa demais?. ?Não deve ter dado tempo de resolver todas as questões das duas matérias, havia texto demais?, disse. Para a professora, faltou a exigência de escolas literárias e de tópicos de gramática. ?A prova avaliou o aluno que tem um pouco mais de leitura, porque caiu praticamente só interpretação de texto?, avaliou. Na opinião de Elizabeth, foi um exame cansativo e mais difícil que o do ano passado.

Para Héric José Palos, do curso Etapa, o grau de dificuldade foi médio. ?Os textos longos podem ter trazido algum problema?. Além disso, disse, houve questões em que não era necessário ler o texto ou até mesmo o enunciado para responder. ?Bastava ler as alternativas e chegar à correta por eliminação?.

Redação

O tema da redação, que pedia para o candidato fazer a relação entre a ética do indivíduo e a sociedade, foi considerado interessante por Nicolau Marmo, do Anglo. ?Foi apropriada. É o tema do momento?, afirma.

A professora do curso Objetivo, Elizabeth de Melo Massaranduba, também considerou o tema da redação interessante. Mas, como a prova pediu para falar sobre ética ? e a maioria deve ter usado fatos da política atual para argumentar ? , ela tem um receio. ?Foi bom para que o aluno desabafasse e mostrasse o que pensa em relação a fatos atuais. Mas, diante de tanto a falar, tenho medo que o aluno tenha se esquecido de apresentar uma proposta de solução, que é um dos critérios de correção do Enem?.

Assim como os outros professores, Héric José Palos, do curso Etapa, achou o tema interessante. Porém, disse, há o risco de todo mundo falar a mesma coisa na prova. ?Vão se destacar os alunos que conseguirem escapar dos chavões?.



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