Conheça a profissão que está em alta no agronegócio e paga até R$ 15 mil

Os drones estão se tornando cada vez mais prevalentes no setor agrícola. Esses veículos aéreos não tripulados permitem aos produtores realizar uma variedade de tarefas, incluindo mapeamento de áreas de cultivo, monitoramento de pragas e doenças, e aplicação de fertilizantes, pesticidas e agentes biológicos. O crescente uso desses equipamentos está gerando uma demanda por profissionais qualificados, com salários atrativos, como os pilotos de drone agrícola. 

🕹 ALÉM DE LIGAR O APARELHO: Operar um drone agrícola vai além de simplesmente ligar o dispositivo e manusear o controle remoto. Realizar sobrevoos sobre plantações requer habilidades específicas e qualificações. Existem diversos tipos de drones e algumas atividades exigem autorizações específicas. Atualmente, há uma variedade de cursos disponíveis para formação de pilotos de drones agrícolas. Descubra os requisitos necessários para se qualificar e ingressar como profissional nesse setor em crescimento. 

TIPOS DE DRONES: Os veículos aéreos não tripulados (VANTs), também conhecidos como drones, são categorizados em três classes com base no peso máximo de decolagem, incluindo a carga de bateria ou combustível e eventuais cargas transportadas. 

• Classe 1, veículos com mais de 150 quilos, mais usados por serviços de segurança e militares;
• Classe 2: veículos com peso entre 25 quilos e 150 quilos, uso comum na pulverização agrícola;
• Classe 3: veículos com peso até 25 quilos, usados no mapeamento e monitoramento agrícola.

REQUISITOS PARA PILOTAR DRONE CLASSE 3: Os drones da classe 3, utilizados para mapeamento e monitoramento agrícola, devem ser operados por indivíduos com mais de 18 anos de idade e que possuam formação em pilotagem. Além disso, especialistas recomendam ter conhecimento prévio em agricultura. “É necessário que o interessado venha para o curso de pilotagem já com alguma formação de base em agricultura”, diz Valéria de Fátima Gini, mantenedora do Centro Paulista de Estudos em Agronegócio (CPEA) que oferece cursos de formação técnica em diversas áreas para o agronegócio.

HOMOLOGADO PELA ANATEL E CADASTRADO NA ANAC: Os drones devem ser homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), um processo que pode ser realizado de forma online e sem custo. Além disso, é necessário cadastrá-los no Sistema de Aeronaves não Tripuladas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Como esses dispositivos são empregados no mapeamento e monitoramento das lavouras, devem ser operados por pessoas devidamente treinadas. 

REQUISITOS PARA PILOTAR DRONE CLASSE 2: Os drones da classe 2 são empregados na pulverização de sementes, agentes biológicos, fertilizantes e defensivos. As regulamentações para essa atividade estão detalhadas na Portaria 298 do Ministério da Agricultura. O piloto deve possuir uma formação específica, o Curso para Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR), ministrado por instituições registradas no MAPA, e obter certificação para operação.

PROFISSIONALIZAÇÃO DO MERCADO

• O Curso para Aplicação Aeroagrícola Remota (CAAR) foi desenvolvido devido à crescente demanda pela pulverização com drones na agricultura.
• O objetivo do curso é capacitar pilotos para operar de acordo com a legislação, enfatizando a segurança e a prevenção de danos ambientais.
• Estimativas do Centro Paulista de Estudos em Agronegócio indicam que o custo médio dos cursos para obtenção do CAAR varia entre R$ 2.000,00 e R$ 2.500,00.
• O investimento no curso é compensado pelos salários atrativos dos profissionais, que variam dependendo da atividade, região, disponibilidade de mão de obra especializada e produtividade.
• No estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, os salários dos pilotos de drones agrícolas podem variar de R$ 4.500 a R$ 15.000.