Conheça melhor o Chevrolet Captiva; confira as fotos!

Versão Ecotec anda mais e com conforto superior à anterior graças ao novo motor e câmbio

Chevrolet Captiva está melhor no dia a dia | Divulgação
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Não parece ter sido proposital, mas certamente a General Motors soube aproveitar ao máximo o fato de o Captiva ter começado a ser fabricado no México em 2008. O crossover, vestido como Saturn Vue, tinha uma meta clara: chegar com preço competitivo nos Estados Unidos, paraíso dos utilitários esportivos.

Mas não é que o acordo de isenção de tarifas de importação entre Brasil e México caiu como uma luva para a filial brasileira? A rival Honda já fazia uso dessa ?janela favorável? com o CR-V e nada mais natural que a GM importar o Captiva também.

Há três anos, o modelo significou um frescor no portfólio da marca, envelhecido pela falta de investimentos e a crise que se prenunciava na matriz. E o resultado foi bom. No final de 2008, o Captiva já vendia mais que o modelo da Honda e terminou 2009 à frente do rival. Mas o segmento de crossovers é um burburinho só e não adianta dormir sobre os louros da vitória.

Depois de ver suas vendas estáveis no ano passado, a montadora promoveu algumas mudanças técnicas no veículo para melhorar, sobretudo, o comportamento dinâmico e o consumo de combustível, considerado alto pelos proprietários.

Essas boas novas vieram no começo do ano tanto na versão V6 ? que passou a ter um motor 3.0 em vez do 3.6 litros ? e na Ecotec, de entrada, que ganhou uma nova versão do motor 2.4, agora com injeção direta de combustível. No pacote, um inédito câmbio automático sequencial de seis marchas no lugar do antigo, de 4 velocidades. De quebra, melhorias no acabamento e um freio de estacionamento elétrico.

Entre a cruz e a espada

É a versão Ecotec que avaliamos. Com preço de R$ 91.792, o crossover está longe de ser um dos mais em conta da categoria, mas traz um pacote respeitável de equipamentos, além de um motor mais adequado ao porte do modelo.

Eis aí uma situação complicada para SUVs e crossovers. Como são pesados, conciliar consumo com desempenho vira uma tarefa quase impossível. Algumas marcas optam por motores 2.0 litros que, mesmo com recursos modernos, oferecem desempenho aquém do esperado. O motor 2.4 é, digamos, o tamanho mais indicado para o porte desses veículos, como se vê não só no Captiva, mas também no RAV4 e no novo Freemont, da Fiat.

Mas nem mesmo o 2.4 Ecotec original do Captiva resolvia esse problema. Com 171 cv, a versão anterior acelerava de 0 a 100 km/h em 11,3 segundos e agora, com os 15 cv a mais oferecidos pelo novo motor, faz o mesmo em 10,9 segundos. Curiosamente, os números informados sobre consumo são piores, embora a GM tenha dito que os parâmetros de cálculo mudaram o que, em sua visão, se traduz num carro menos gastão na prática.

Com quase 10% a mais de potência, o Captiva Ecotec 2011 está mais disposto e. o principal, mais agradável de dirigir, mérito este compartilhado com a nova transmissão, de seis marchas. Com trocas suaves e velozes, o câmbio casa muito bem com a direção e a suspensão firme. O ponto negativo é o sistema de trocas manuais. Acionado por meio de um botão na lateral da manopla do câmbio, ele é tudo menos prático. Como não condiz com uma tocada esportiva, logo esquecemos que ele existe. O ideal seria ao menos optar pelo acionamento na própria alavanca, como outros modelos.

Pelo aspecto do conforto, o crossover também evoluiu. Os novos materiais do interior deixaram o carro com aparência mais bem acabada, mas a ?cereja do bolo? é o freio de estacionamento elétrico. Além de substituir o obsoleto freio de pedal ? que ainda é visto em carros alemães de luxo sabe-se lá por qual razão -, o botão diminuto libera espaço no console central para mais porta-objetos.

Toques de modernidade

Mas se o freio elétrico é um diferencial perto de outros rivais, há algumas ausências sentidas. Uma delas é um rádio mais moderno e, sobretudo, uma tela multifuncional que traga um navegador GPS, como vemos no Cruze. Ou, então, um sistema de ar-condicionado de zonas múltiplas ? o do Captiva é simples.

Exclusividade da versão V6 AWD, o sensor de estacionamento com câmera também poderia ser de série desde o Ecotec já que um modelo com esse tamanho não é prático de ser usado no dia a dia.

Ajudinha do IPI

Com quatro anos de estrada, o Captiva ainda é um dos melhores crossovers do mercado, mas ganhou muitos concorrentes nos últimos meses, além de ver seu rival mais conhecido, o CR-V, mudar por completo em 2012. Por isso, a GM prepara uma reestilização para o modelo no ano que vem, como adiantou com exclusividade o site.

Também deve pesar a favor do veículo da Chevrolet a mudança na alíquota do IPI para carros importados. Como a maior parte desses veículos é importada é de se esperar que concorrentes duros como o ix35, da Hyundai, o Sportage, da Kia, e o ASX, da Mitsubishi, percam parte da atração que exercem hoje. Mas, como dissemos, categoria de crossovers não é lugar para modelos parados no tempo.



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