Consumo da gordura trans aumenta risco de doenças cardiovasculares

Ela é utilizada para aumentar o sabor e o tempo de conservação.

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O governo americano decretou, na última semana, que os alimentos que possuem gordura trans sejam retirados do mercado em um prazo máximo de três anos para reformular seus produtos ou pedir autorização para usar a gordura hidrogenada.

A decisão foi divulgada pela FDA, órgão regulador de remédios e alimentos dos Estados Unidos. Segundo a instituição, a determinação se deu após vários testes científicos mostrarem que o consumo de gorduras trans eleva o nível do colesterol LDL, conhecido como prejudicial à saúde. A expectativa é reduzir doenças cardíacas e agir na prevenção de infartos.

Sorvete, pipoca de microondas, pizza congelada, biscoitos recheados e doces de padaria. Se você costuma consumir com frequência alguns dos alimentos citados, atenção, é preciso tomar cuidado, pois eles estão na lista dos alimentos ricos em gorduras trans.

Ela é utilizada para aumentar o sabor e o tempo de conservação dos produtos, além do baixo custo. No entanto, é prejudicial à saúde por elevar os níveis de colesterol ruim e diminuir o colesterol bom, o HDL, aumentando o risco de doenças como infarto e acidente vascular cerebral, além do entupimento das artérias. Os alimentos em que a gordura trans ocorre naturalmente, como laticínios e carnes, não estão inclusos na regulamentação.

A nutricionista Layse Alelaf explica que a gordura trans é uma composição feita em laboratório e tem um custo-benefício muito eficaz para as empresas do mercado alimentício e que acaba sendo prejudicial por não oferecer nutrientes necessários para os pessoas.

“O uso das gorduras trans em humanos é muito ruim, pois sua composição acaba não fornecendo nenhum beneficio. Então o ideal é que não se consumam, pois o consumo em excesso vai causar as doenças cardíacas e aumentar os riscos de infartos. Alguns estudos mostram, inclusive, relação com câncer de mama”, declarou.

A gordura trans foi introduzida nos alimentos para substituir o açúcar para não modificar tanto o sabor e a durabilidade do alimento. A profissional afirma que a medida tem que ser implantada no Brasil, mas acredita que ainda vai demorar um pouco.

“A gente já observa que, em nível nacional, muitos produtos já possuem na rotulagem que são zero gordura trans, mas tem que se observar qual produto está sendo utilizado para substituir o composto”, acrescentou.

Com a medida, os Estados Unidos acreditam que evitarão 20 mil infartos e 7 mil mortes por doenças cardiovasculares por ano. O país já tinha reduzido o consumo dos óleos vegetais parcialmente hidrogenados - principal fonte da gordura trans entre 2003 a 2012 com as leis implantadas restringindo o uso do componente em produtos vendidos em restaurantes e padarias. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não comentou a medida adotada pelos EUA.



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