Corpo de recém-nascido some durante transferência de hospital

Segundo a certidão de óbito, o bebê faleceu no mesmo dia em que nasceu, de sepse neonatal e asfixia pré-natal

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Pais do bebê são moradores de Cujubim, distante 224 quilômetros da capital | Camilo Estevam/G1
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O corpo do recém-nascido Nicolas Naitz Silva, morto na última quinta-feira (22), em Porto Velho está desaparecido. O sumiço aconteceu quando a criança, já falecida, era transferida da Maternidade Regina Pacis, onde estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, para o Hospital de Base, local em que a mãe, Marcieli Naitz, encontrava-se em tratamento. Segundo a certidão de óbito, o bebê faleceu no mesmo dia em que nasceu, de sepse neonatal (infecção em recém-nascido) e asfixia pré-natal. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) ainda não tem informações sobre o paradeiro do corpo. O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que investiga o caso.

Os pais de Nicolas moram em Cujubim, distante 224 quilômetros da capital do estado. No hospital do município, os médicos recomendaram a transferência para Porto Velho. Na viagem, a ambulância teve que parar em Candeias do Jamari, uma vez que Marcieli já estava em trabalho de parto avançado. O nascimento ocorreu no hospital da cidade, e, de lá, a mãe e a criança foram encaminhadas para Porto Velho. Marcieli foi direto para o Hospital de Base e Nicolas foi internado no Hospital Infantil Cosme Damião, onde ficou de 10h às 16h. Devido ao estado do bebê, ele foi transferido para a UTI neonatal da maternidade Regina Pacis. No local, Nicolas faleceu às 18h.

A avó do bebê, Irenilda Naitz, acompanhou o recém-nascido desde a chegada em Porto Velho. Ela conta que, quando foi informada do falecimento, apenas recebeu o atestado de óbito e foi autorizada a ver o bebê de longe e logo foi retirada da sala em que o corpo se encontrava. Segundo Irenilda, uma enfermeira informou então que o corpo deveria ser levado para o Hospital de Base, uma vez que a maternidade não possui câmara fria. A ambulância para transferir o bebê chegou à maternidade às 21h30. ?Quando chegou a ambulância, a enfermeira desceu com supostamente um feto enrolado em um pano branco, não deixando a minha mãe encostar ou ver se era mesmo meu bebê lá dentro?, afirma a mãe do bebê.

A avó relata que, na chegada ao Hospital de Base, foi orientada por funcionários do necrotério do local a seguir para a ala em que Marcieli estava internada e que o restante das providências seriam tomadas. No dia seguinte, quando a mãe de Nicolas teve alta e foi buscar o bebê, juntamente com funcionário da funerária contratada pela família, foi informada de que não foi registrada a entrada de qualquer corpo de criança no necrotério do hospital. Marcieli diz que um funcionário do local confirmou a chegada de um lençol, mas que sem qualquer corpo.

A família procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência. A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente investiga o caso. Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Saúde de Rondônia disse que o sumiço do bebê foi comunicado no mesmo dia às autoridades policiais.



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