Corpos se acumulam e cheiro de cadáveres se espalha no Hran

O mau cheiro dos cadáveres começa incomodar pacientes internados

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A falta de dignidade nos hospitais da rede pública do Distrito Federal não se limita aos vivos. A câmara fria do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde são guardados os cadáveres e restos mortais de pacientes que morreram na unidade, está superlotada e com a temperatura inadequada. Sem a devida refrigeração, o mau cheiro dos cadáveres começa a incomodar os pacientes internados nos quartos.

Vídeos gravados por funcionários e obtidos com exclusividade pelo Metrópoles mostram até 10 restos mortais de bebês em uma só gaveta. As imagens foram gravadas na tarde de terça-feira (13) e chocam pelas más condições de armazenamento.

Instalações precárias, armários enferrujados, um corpo enfaixado sobre uma maca e materiais como facas e martelos sujos e gastos lembram mais um filme de terror do que um hospital público.

 Enquanto o ambiente é filmado, um servidor fala: “Estamos aqui no necrotério do Hran, onde todas as gavetas estão emperradas. Em cada gaveta há dois cadáveres”, diz. Em outro trecho, o funcionário mostra os equipamentos utilizados para fazer necrópsias e denuncia: “Não há nem esterilização. Ficamos expostos à contaminação”.

Ao todo, o Hran tem oito gavetas para manter os corpos. Da câmara fria, eles são liberados para as famílias fazerem o enterro ou seguem para o Instituto Médico Legal (IML) para necrópsia. De acordo com o relato no vídeo, existem corpos que estão no local há meses. A etiqueta de uma das gavetas aponta a data de óbito como “julho de 2015”. O cadáver em cima da maca estava nessas condições justamente porque não havia espaço nas gavetas.



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