Corte de Doria no orçamento de SP afetará pelo menos 19 museus

Alguns museus vão demitir funcionários, fechar atividades e funcionar menos dias na semana. Secretaria de Cultura disse que tem realizado reuniões com as OSs para diminuir os impactos do contingenciamento.

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A Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura (Abraosc) listou pelo menos 19 museus ou programas culturais que serão afetados pelos cortes no orçamento do estado anunciados pela gestão de João Doria (PSDB).

Um dos atingidos é o Museu Afro Brasil, que inaugurou neste sábado (6) uma exposição para comemorar seus 15 anos de existência. A mostra reconta um pouco da história da cidade de São Paulo, com objetos raros e muito curiosos.

O fundador do museu e também curador da mostra, Emanoel Araújo, diz estar preocupado com os cortes. “Nós vamos ter que fechar o museu três ou quatro dias por semana. É uma forma. Demitir gente eu não posso porque nós estamos no limite de operação”, afirma.

Os principais museus do estado, como o Afro Brasil, são administrados por Organizações Sociais (OSs), que começaram a fazer os cálculos do que terão que fazer para fechar a conta depois da redução do orçamento.

A Pinacoteca, que é um dos principais museus da América Latina, por exemplo, terá que desmarcar as exposições temporárias, demitir cerca de um terço dos funcionários e cancelar o ingresso gratuito aos sábados. Só essa medida, afeta 153 mil visitantes por ano.

O Catavento terá que eliminar as atividades que exigem atendimento individual, como a escalada. E diminuir a equipe de monitores pela metade. Na casa Mário de Andrade, que reúne parte do acervo do escritor, a associação anunciou a suspensão de atividades culturais.

Há cortes previstos também para o Museu da Imagem e do Som, Museu do Futebol, as bibliotecas de São Paulo, Parque Villa Lobos, as Fábricas de Cultura e a Orquestra Sinfônica do Estado. O presidente da Associação das Organizações Sociais de Cultura diz que ainda é possível evitar tudo isso.

“Nós estamos falando de milhões de pessoas que vão deixar de serem assistidas por programas educativos, terem equipamentos culturais abertos. A gente entende que esse impacto é tão grande, que o governo precisa entendê-lo primeiro. É o que nós estamos propondo, apresentar claramente que dimensão tem isso para que a gente possa discutir e continuar conversando com abertura para sociedade dessa discussão também”, diz Paulo Zuben.

A Secretaria Estadual de Cultura informou que tem realizado reuniões com as Organizações Sociais com as quais mantém contratos, e que o objetivo é avaliar, definir e diminuir os impactos do contingenciamento sobre as atividades realizadas. Disse ainda que não há previsão de fechamento de instituições e programas.



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