Cuidados com estilo de vida na infância permitem adulta saudável

Os avanços tecnológicos contribuem para um estilo de vida sedentário.

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Doutor em cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP, Júlio César A. Ferreira Filho. | Divulgação
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Os hábitos alimentares e o estilo de vida nos últimos anos causaram mudanças na vida das crianças, que passaram a ter com mais freqüência um cardápio a base de pizzas, refrigerantes, sorvetes e outras guloseimas. Com o crescimento da obesidade e a síndrome metabólica, os pais e responsáveis devem redobrar a atenção para uma alimentação mais saudável nesta fase.

Os avanços tecnológicos também contribuem para um estilo de vida sedentário. As crianças de hoje passam o maior tempo do seu lazer em atividades de pouco gasto energético, como assistir televisão, jogar videogames e usar computador várias horas por dia. Associações de diversas doenças que se integram ao sedentarismo e a obesidade, entre elas, alterações do metabolismo de glicose, aumento da pressão arterial e aumento das taxas de gordura no sangue resultam na síndrome metabólica que tem como principal causa a mudança do estilo de vida.

De acordo com o doutor em cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP, Júlio César A. Ferreira Filho, a síndrome metabólica antes era considerada uma doença tipicamente de adulto, mas, nos últimos 30 anos, ocorreu um aumento de 100% das taxas de obesidade infantil e em adolescentes. A presença da síndrome é cada vez mais frequente em idades mais precoces, o qual se torna um risco perigoso para o desenvolvimento da criança.

?Com os fatores da síndrome, o crescimento do risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 se inicia ainda na infância. Portanto, é necessário que os pais estejam mais atentos na alimentação, incentivando também os filhos a praticarem alguma atividade física no mínimo duas vezes por semana.? , explica o cardiologista.

Ainda segundo o médico Júlio César A. Ferreira, a hipertensão é menos frequente na fase infantil do que adulta e a hereditariedade contribui como um fator de risco para a evolução da doença. A síndrome, juntamente com a pressão alta em crianças, pode resultar na hipertensão secundária, o que corresponde ao excesso de peso, nível reduzido de atividade física e consumo excessivo de sódio. Entre as causas mais comuns da pressão alta em crianças as doenças renais, como as chamadas nefrites, uma doença inflamatória no rim, que pode ser aguda ou crônica.

?Quando é diagnosticado a hipertensão secundária leva-se em consideração o histórico familiar, o que pode desenvolver a propensão desta possibilidade ainda na fase intrauterina. Assim, é essencial que os pais levem seus filhos periodicamente ao pediatra para, com isso, diagnosticar precocemente a doença e definir um tratamento hábil?, finaliza Júlio César A. Ferreira.



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