De cada 100 brasileiros, 87 usavam internet em 2022, revela pesquisa do IBGE

O crescimento também é evidente em comparação com 2021, quando o percentual de usuários era de 84,7%

De cada 100 brasileiros, 87 usavam internet em 2022, revela pesquisa do IBGE | Arte/Agência Brasil
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Em 2022, o acesso à internet atingiu 87,2% da população brasileira, registrando um aumento significativo de 21,1 pontos percentuais desde 2016, quando 66,1% da população utilizava a rede. Esses dados foram revelados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação 2022 (Pnad), divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento também é evidente em comparação com 2021, quando o percentual de usuários era de 84,7%. Vale ressaltar que a pesquisa considerou apenas pessoas com 10 anos ou mais de idade.

É interessante notar que o acesso à internet teve um aumento ainda mais expressivo entre as pessoas com 60 anos ou mais. Em 2022, essa faixa etária registrou 62,1% de usuários, superando os 57,5% de 2021 e mostrando um crescimento de aproximadamente 2,5 vezes em relação aos 24,7% de 2016. Em outras palavras, a parcela de idosos com acesso à rede passou de um quarto para dois terços da população nesse período.

“Tem havido uma expansão do uso da internet entre os idosos, ainda que seja o grupo etário com menor percentual de usuários”, disse o pesquisador do IBGE Gustavo Fontes, destacando que a faixa etária com maior uso é de 20 a 29 anos de idade (96,1%).

Segundo o IBGE, esse aumento se deve a evolução nas facilidades para o uso dessa tecnologia e na sua disseminação no cotidiano da sociedade. Em 2022, observou-se um aumento nos domicílios que utilizam a internet, alcançando 91,5%, em comparação com os 90% registrados em 2021. Dos 68,9 milhões de residências conectadas à rede no ano passado, 14,3% possuíam dispositivos inteligentes, como câmeras, caixas de som, lâmpadas, ar-condicionado e geladeiras.

Quanto ao tipo de conexão, os domicílios com banda larga móvel aumentaram de 79,2% para 81,2% de 2021 para 2022, enquanto os que possuíam banda larga fixa passaram de 83,5% para 86,4%. Na área rural, o acesso à internet cresceu de 74,7% para 78,1%, representando um avanço significativo. Por outro lado, na área urbana, o percentual passou de 92,3% para 93,5%, indicando uma alta taxa de conectividade nesses ambientes.

MOTIVOS

As razões mais citadas para não ter acesso à rede foram que nenhum morador sabia usar a tecnologia, sendo 34,8% na área urbana e 26,4% na rural; não havia necessidade, 28,5% nas cidades e 19,6% no campo, e serviço de acesso ser caro, 28% e 30,6%, na área urbana e rural, respectivamente. Na zona rural, destaca-se também o fato de que não havia serviço disponível na área (15,2%).

Os principais motivos para o uso da internet no Brasil são conversar por chamadas de voz ou vídeo (94,4%), enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens (92%) e assistir a vídeos (88,3%). Foram citados também o uso de redes sociais (83,6%), ouvir música, rádio e podcast (82,4%), ler jornais, notícias, revistas e livros (72,3%), acessar bancos e outras instituições financeiras (60,1%) e enviar ou receber e-mails (59,4%).

Segundo a Pnad, 93,4% dos usuários usavam internet todos os dias e apenas 0,7% usavam menos do que uma vez por semana, ou seja, havia semanas em que não usavam a internet. A pesquisa também mostrou que havia disparidade entre estudantes de escolas particulares e de escolas públicas, em 2022. Enquanto os de escolas privadas, 98,4%, tinham acesso à internet, entre os estudantes da rede pública o percentual era 89,4%, ou seja, 9 pontos percentuais abaixo. Entre os estudantes de escolas públicas, 26,7% usavam conexão gratuita em instituições de ensino ou bibliotecas para acessar a internet.

TELEVISÃO E RÁDIO

A preferência predominante para o acesso à internet em 2022 foi por meio do celular, representando expressivos 98,9%. Em seguida, a televisão aparece como a segunda escolha, com 47,5%, seguida por computador (35,5%) e tablet (7,6%). É notável que o acesso por computador e tablet registrou uma queda significativa em relação a 2016, quando os percentuais eram de 63,2% e 16,4%, respectivamente.

Quanto à presença de televisores nos domicílios, houve uma leve redução, passando de 95,5% em 2021 para 94,9% em 2022. Em 2016, essa taxa era ainda mais elevada, atingindo 97,2%. Entre os lares que possuíam televisores, 43,4% também contavam com assinatura de serviços de streaming. Por outro lado, a presença de rádios nos domicílios era de 56,5%, enquanto os telefones fixos somavam apenas 12,3%, marcando uma significativa diminuição em relação aos 32,6% registrados em 2016.

(Com informações da Agência Brasil)



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