Defesa e família da vítima falam de soltura do palhaço

Washington Barros Silva foi condenado a um ano e quatro meses de detenção, convertidos em serviços comunitários

Kaisa Helane Lima e Washington Barros | Reprodução
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O resultado do julgamento do palhaço Washington Barros Silva foi uma decepção para a família da vítima, Kaisa Helane Lima. ?Apesar do juri ser popular, você pode chegar em qualquer canto desse estado e mostrar essa história, e ela não vai acreditar. Matar uma pessoa e pagar cesta básica??, indagou a irmã de Kaisa, Keila Lima. O pai, Valter Leite, e a irmã de Kaisa deram entrevista ao programa Agora, da Rede Meio Norte.

Washington Barros Silva foi acusado de matar a esposa, Kaisa Helane Lima, no dia 4 de novembro de 2010, em Teresina. O júri popular entendeu que o crime foi acidental, e o acusado foi condenado a um ano e quatro meses de detenção, convertidos em serviços comunitários. O pai de Kaisa, Valter, não admite esta versão. ?Ele disse que entrou no carro dela, com a arma em punho! Atirou nela sem que ela tivesse condição de defesa, do banco de trás do carro, segurando ela com uma gravata! Como ela iria se defender??, disse ele.

Valter contou que os membros do júri, após o julgamento, disseram que ?pensavam ter votado numa coisa, mas votaram em outra?. ?Como é que a comissão que vai julgar não é preparada??, perguntou, indignado. Outro ponto que a família questiona é o fato do palhaço ter pedido para que Kaisa fosse com ele para outro local. ?Talvez ele quisesse não ter testemunhas, matar ela num local mais tranquilo.?, disse Keila, irmã de Kaisa.

O Ministério Público irá recorrer da sentença contra Washington. ?Eu não vou desistir nunca, por quê lembro da vontade que ela tinha de viver, da pessoa que ela era, da mãe que ela era?, afirmou Keila, que contou que falou com a irmã dois dias antes do crime, e que ela teria lhe dito, sobre Washington: ?Eu não aguento mais. Até o fim dessa semana eu resolvo essa história?.

O outro lado

Os advogados do palhaço Washington Barros Silva também estiveram no programa Agora, da Rede Meio Nort, e contaram a versão utilizada pela defesa para convencer o júri de que Washington não teve a intenção de matar.

Segundo os advogados Hildemberg Cavalcante e Talmy Tércio Ribeiro, Washinton era taxista e trabalhava no turno da noite, e por isso tinha uma arma de fogo, mas não tinha posse. No dia do crime, o palhaço havia visto o carro dela em um restaurante, onde ela não estava. Segundo ele, após um tempo, Kaisa chegou em uma caminhonete preta, junto com outro homem, no qual deu um beijo de despedida. Ela desceu do veículo do homem e entrou em seu próprio carro. Washinton, então, entrou no banco traseiro do carro da esposa.

A versão da defesa conta que ela se surpreendeu com a presença do palhaço, e ele pediu para que os dois fossem conversar em outro local, segundo ele por que estava envergonhado pelas outras pessoas que se encontravam no restaurante, e que supostamente sabiam de toda a história. Kaisa então se negou a sair, e após discutirem, baixou o vidro do carro e gritou por socorro, e em seguida entrou em conflito com Washington, e daí a arma disparou acidentalmente, matando-a.

Assustando, Washington teria saído do local correndo. Um policial, que estava num posto de gasolina próximo ao local do crime, foi acionado. Ele pediu que o palhaço parasse, e chegou a disparar para o alto, mas foi inútil: Washington já estava no seu próprio carro, e empreendeu fuga.

?Queríamos provar que ele não foi até lá com a intenção de matar. Afinal, como ele poderia premeditar o crime se ele não conhecia a situação que iria encontrar??, argumentou o advogado Hildemberg Cavalcante. Segundo eles, o coldre da arma de Washington teria sido encontrado no banco traseiro do carro de Kaisa, o que derrubava a tese levantada pela promotoria, que alegava que o palhaço teria disparado do lado de fora do carro.

Na saída da Rede Meio Norte, os dois advogados foram abordados por membros da família de Kaisa Helane Lima. Visivelmente emocionados, os pais mostraram sua indignação contra a decisão do júri e contra os membros da defesa. ?Vocês fizeram seu trabalho, estão de parabéns. Mas a justiça divina vai chegar para vocês também!?, esbravejou o pai de Kaisa, Valter Leite.

Caso Kaisa Elane: Advogados explicam a absolvição de acusado por RedeMeioNorte no Videolog.tv.



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