A Lei do Silêncio enfrenta problemas para serem colocadas em prática. Nem sempre as denúncias são atendidas, o que vem deixando muitas pessoas insatisfeitas. Normalmente vemos sons de carros e bares abertos até tarde.
As reclamações do estudante Leonardo Maia são contantes. A causa principal é o intenso barulho provocado por um estabelecimento localizado à frente do condomínio Dom Avelar, onde ele mora, na avenida Barão. ?O som é tão alto que as portas e janelas tremem?, declara Maia.
O transtorno, teoricamente, poderia chegar ao fim após as denúncias. Contudo, não é isso que acontece. ?Eu ligava para a delegacia no telefone fixo, mas ninguém atendia; ligava para a viatura móvel, no celular, mas nem sempre conseguia. Quando dava certo a ligação, o problema não era resolvido?, relata Leonardo Maia.
Segundo as informações que foram dadas ao estudante, a delegacia estaria impedida de tomar maiores providências porque ele teria que ir até lá prestar queixa. O Meio Norte buscou a Delegacia do Silêncio, mas não obteve respostas.
Lei do Silêncio e Boa Noite Teresina divide opiniões
Na opinião de José Antonio Ferreira, proprietário de um trailler na avenida Miguel Rosa, a lei do Silêncio contribuiu para melhorar o nível da sua clientela, pois as pessoas não param mais com carro de som. ?Esses, geralmente vinham com um kit de bebida já comprado em outro local, ligavam o som do carro, ficavam apenas fazendo baderna e não trazia retorno nenhum?, declara Ferreira.
Por outro lado, o Boa Noite Teresina, que proíbe a venda de bebida alcoólica após 2h, trouxe prejuízos para José Antonio. Logo após a determinação, o lucro reduziu cerca de 50% e o proprietário teve que demitir três funcionários. ?É muito simples criar uma lei e não ver as consequências?, critica ele.
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