Delegada diz que mulher agressora revida violência conjugal

Ela, o policial militar major Soares e a professora Dulce Silva vieram ao “Agora” falar sobre casos em que a violência parta da mulher

Da esquerda para a direita: A professora Dulce Silva, o major Soares da PM e a delegada Vilma Alves | Andrê Nascimento
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?Síndrome da mulher agredida?. É como a delegada Vilma Alves chama o rompante de raiva que a mulher que sofre com violência conjugal diariamente sente, e que muitas vezes pode terminar em tragédia. Ela, o policial militar major Soares, comandante da companhia do bairro Promorar e a pesquisadora de gênero, a professora Dulce Silva estiveram no programa Agora, da Rede Meio Norte, para tratar do assunto: e quando a violência parte da mulher para o homem?

Na noite de ontem, no bairro Promorar, uma briga conjugal terminou com a esposa desferindo uma facada no peito do marido. Quando o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao local, a vítima já havia falecido. Segundo os vizinhos, as discussões eram frequentes e o marido chegou a agredir a esposa, diversas vezes. O major Soares disse que a companhia recebe chamados de violência conjugal diariamente na área. ?Neste caso, não tivemos como chegar a tempo para evitar o que aconteceu?, disse ele. O policial falou que são raros os casos em que ocorre o uso de armas, mesmo que brancas. ?Geralmente, a violência parte do homem, e de mãos vazias?.

Para a delegada Vilma Alves, deve-se avaliar o conflito conjugal com cuidado. Ela explicou que o acúmulo de ameaças de violência diárias que algumas mulheres sofrem, somado com o período pré-menstrual, em que a mulher está mais agitada, pode culminar em casos como esse. ?Não é querendo ser a defensora das mulheres, mas é preciso saber o motivo. São muito raros casos em que a mulher mata o marido?, disse ela. Segundo a delegada, a psicologia chama esses casos de ?Síndrome da mulher espancada?.

A professora Dulce Silva disse que em 98,2% dos casos de violência doméstica é o homem quem agride a mulher, e que quando acontece o contrário, em geral a mulher está se defendendo: ?Ela reage quando já não suporta mais?, disse. ?Não é querendo romantizar, dizer que as mulheres são modelos de santidade. Não negamos que existem mulheres que ?infernizam? a vida do homem. Mas há muito mais homens que infernizam a vida das mulheres?, completou.



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