Dentista com HIV atuou por 30 anos sem licença e sem higiene

O falso dentista confirmou que fazia procedimentos odontológicos sem uso de máscara ou luvas.

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Um homem de 61 anos preso nesta terça-feira (29) no Pará por exercício ilegal da odontologia afirmou à polícia que atuava como dentista havia cerca de 30 anos, sem formação e licença. O homem, que possui o vírus da Aids, HIV, também confirmou que fazia procedimentos odontológicos sem uso de máscara ou luvas, segundo a Polícia Civil do estado.

Policiais da Divisão de Investigações de Operações Especiais de Belém prenderam em flagrante nesta terça dois homens por exercício ilegal da odontologia. Segundo a Polícia Civil, o falso dentista de 61 anos usava uma casa para realizar consultas no bairro Tenoné, distrito de Icoaraci. O outro tem 27 anos e atuava no bairro de Terra Firme, em Belém. A polícia chegou aos locais após denúncias feitas ao Conselho Regional de Odontologia.

Os suspeitos foram transferidos nesta quarta para o presídio do Centro de Triagem de Americano, em Santa Izabel do Pará.

O homem de 61 anos afirmou que já morou em outras cidades do estado, como Parauapebas e Canaã dos Carajás, sudeste do Pará, e em Manaus, no Amazonas, e no Maranhão.

De acordo com ele, há cerca de um ano estava em atividade no bairro do Tenoré. O homem também disse à polícia que fazia obturações, extrações e tratamento de canal.

O outro preso alegou que atuava havia cinco anos na atividade, também de forma ilegal, mas que não fazia procedimentos odontológicos, apenas fabricava dentaduras. No consultório clandestino foram encontradas anestesia e outros instrumentos usados por dentistas.

Péssimas condições

Segundo o conselho regional, pacientes dos consultórios improvisados denunciaram a falta de higiene, afirmaram que os falsos dentistas não usavam luvas ou máscara, estavam com jaleco sujo, as paredes dos locais tinham infiltração e estavam mofadas e os instrumentos estavam enferrujados.

?Ele tem o vírus e trabalha sem nenhum cuidado. Vamos imaginar que tem um ferimento e no atendimento, faz um procedimento mais invasivo, uma extração, uma limpeza, que sangra?, afirma Roberto Pires, presidente do conselho. ?Nós temos muitas denúncias, que encaminhamos às autoridades competentes. Precisamos conscientizar o paciente de que ele deve procurar o conselho sempre para verificar se o dentista está habilitado?, complementou.



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