Desigualdade educacional é maior do que a social, revela estudo

Desigualdade educacional é maior do que a social, revela estudo

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Um estudo revela que a desigualdade educacional no Brasil ? maior do que a diferen?a social. A pesquisa feita pelo professor Jos? Francisco Soares, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e publicada no peri?dico ?International Journal of Educational Reseach?, mostra que h? um grande abismo entre o aprendizado de estudantes do pa?s.

O estudo sugere um novo indicador para avaliar a desigualdade no aprendizado brasileiro parecido com o ?ndice Gini, utilizado em compara?es econ?micas. O novo ?ndice calculado ? de 0,635 e, como ? superior ao do ?ndice Gini para o Brasil, o estudo conclui que a desigualdade educacional brasileira ? ainda maior do que a econ?mica.

?O ?ndice de desigualdade econ?mica est? em torno de 0,5. Quando a gente faz as compara?es, as desigualdades educacionais estariam acima. Meu ponto ? que essa desigualdade deve ser considerada e precisa ser objeto de pol?ticas que a diminuam?, diz Soares, que faz parte do Grupo de Avalia??o de Medidas Educacionais da UFMG.

Os estudantes das camadas mais ricas apresentam menor diferen?a de desempenho entre si. J? nas classes mais baixas, existem poucos alunos que tiram boas notas e muitos que tiram notas ruins. De acordo com o estudo, a desigualdade mostra que os estudantes das camadas mais pobres est?o com desempenho muito abaixo do esperado.

O Gini ? usado para medir a desigualdade de renda e vai de 0 a 1, no qual 0 corresponde ? completa igualdade de renda (todos t?m a mesma renda) e 1, ? completa desigualdade (uma pessoa tem toda a renda, e as demais nada t?m).

Para medir a desigualdade educacional brasileira, Soares utilizou o desempenho de alunos da 8? s?rie em matem?tica no Sistema de Avalia??o da Educa??o B?sica (Saeb) de 2003.

Patamar baixo

Soares explica que o ?ndice mostra qu?o longe o pa?s est? de um ideal da distribui??o do desempenho de v?rios grupos. ?H? alunos com notas muito baixas e poucos com notas muito altas. Em alguns patamares n?o h? problema haver diferen?as de desempenho, mas existem alunos em patamares muito baixos, nos quais n?o devia haver ningu?m?, avalia.

De acordo com Soares, a educa??o brasileira tem dois problemas: um ? o n?vel e o outro ? a desigualdade. ?A quest?o do n?vel j? tem muita visibilidade, mas a de desigualdade ainda precisa entrar na pauta das pol?ticas educacionais?.

O estudo destaca que pol?ticas p?blicas que enfatizam apenas a melhora nas notas dos estudantes devem fracassar, pois preservam uma "situa??o inaceit?vel". "No processo de melhoria temos que encurtar as diferen?as. Em uma sociedade razo?vel, melhor de se viver, h? diferen?as educacionais, mas n?o no patamar em que estamos", diz Soares.



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